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O Velho e o Mar
(Ernest Hemingway)

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O Velho e o Mar (André Luiz de Souza – 21/01/2008, 18hs30min) (1952 - HEMINGWAY, Ernest. O velho e o mar, editora Bertrand Brasil, 2000, 126 pg.). Novela paontada pelos críticos como síntese de sua obra e de sua visão do mundo. Escrita num estilo ágil e tenso, conflitante, apresenta a máxima depuração prosaica do autor, jornalista, correspondente de guerra e amante das touradas. O livro narra a história de Santiago, velho pescador cubano que permanecia estranho e solitário, à beira-mar. A sorte não o acompanhava. A “maré parecia não estar para peixes”. Na juventude, causara admiração. Hoje, velho, tem fama de “azarento”. Mesmo assim, estava pronto para novas realidades e desafios. Depois de 84 dias sem pescar nada, enfim, fisga um grande merlin, o maior peixe que já pescar a em toda a sua vida. Todavia, sua grande sorte é abocanhada por um feroz tubarão. O golpe sofrido pelo peixe causa dor no próprio Santiago. À medida que o combate se desenvolve, o leitor embarca no monólogo interior de Santiago: suas dúvidas, sua angústia, os músculos retesados, a boca salgada com gosto de carne crua, as mãos úmidas de sangue. Enfim, o peixe cede à força do pescador. Mas a vitória não está completa - surgem os tubarões. O velho enfrenta a fera. Depois de grande esforço e sofrimento, elimina o obstáculo que o impediu de realizar o que talvez seja a sua última grande façanha de pescador. Comparativamente, o mar representa a sala de aula e o velho, o professor. Ele chega todo animado. Os alunos não dão importância para o ensino ou às vezes nem vão para a escola. Mas o professor, mesmo angustiado, tem que perseverar na sua batalha. Assim como o pescador amava a pesca, o professor deve amar a sua profissão e enfrentar as ondas e obstáculos. Os dois maiores obstáculos ao professor no exercício consciente e eficaz do magistério, são a burocracia dos sistemas de ensino e a atuação medíocre por parte de alguns educadores mais comprometidos com o lucor do que com a formação e dignidade da pessoa humana. O estado tem um número excessivo de estabelecimento de ensino, porque o que se busca hoje é o mercado de trabalho. As pessoas procuram se especializar para ter status e uma competição justa. Mas o essencial é buscar conhecimento e seguir a vocação. Com isso, o ensino limita-se a áreas específicas, alheias aos demais conhecimentos. Do ponto de vista cultural, os que ingressam no estabelecimento de ensino por vocação acabam sendo prejudicados pelos que estão ali apenas para ter um diploma, pois estes sem vocação acabam sendo indevidamente infiltrados no meio culto, o que traz graves conseqüências para a educação. O excesso de mão-de-obra desqualificada compromete o aprendizado das próximas gerações, gerando um ensino superficial e ausente de conteúdo. Percebemos que há elevado investimento do estado em cursos que estão “na moda”. Em consequência do exposto acima, a maioria dos que se preparam para enfrentar o mercado de trabalho, preocupam-se com remuneração e status, enquanto que os que estudam por vocação não são valorizados e acabam sendo desmotivados. Não recebem o apoio necessário para se expandir. Esta parece ser a maior dificuldade em nosso país, pois a preocupação do governo é formar mão-de-obra e tornar as pessoas alienadas, acreditando que essa ação seja a melhor. As pessoas não são estimuladas a pensar mais à frente. O tubarão da saga “O velho e o Mar”, representa o mau professor e o sistema educacional. Estes, em vez de se preocupar com a formação do aluno, visam somente o lucro, manipulam as pessoas e enganam a si mesmos. Essa falsa educação tem que ser combatida diariamente para que haja mudança no ensino. Para isso às vezes é necessário matar um tubarão por dia. O conhecimento como um fim em si mesmo não é bastante para a vida. É preciso investimento e determinação. Tudo que existia no velho era indomável, ou seja, nada lhe mantinha em casa. Seus olhos revelavam sua persistência. Igualmente, o professor precisa manter o equilíbrio dentro da sala de aula. Mas, para avançar um pouco mais na construção do saber, os pedagogos e demais formadores de opinião comprometidos com a promoção da dignidade humana, precisam lutar pelo objetivo de combater o déficit da educação brasileira. Não se deve desistir de contemplar a realização deste sonho mesmo que pareça difícil e demorado. Pensar e agir assim impulsiona-nos para visualizar uma educação de qualidade que influencia o futuro das pessoas. Embora pareça utópico, é possível harmonizar o constrangimento com a persistência. Objetivos não serão alcançados imediatamente. Mas, a liberdade tem que ser plena com autocontrole e autoridade para vermos mudanças nos alunos. A vida é um risco, a postura de respeito do garoto, nos inspira à verdadeira educação. Deve haver respeito aos professores, valorização e submissão aos seus ensinos. Ao professor, cabe esmerar-se no ensino de qualidade e amar o que faz. A persistência não gera lucros imediatos, mas o mínimo que ela puder contribuir para melhorar a atual situação da educação, há de justificar o esforço. Como alguém já disse: “sem o esforço da busca, não há a alegria do encontro”. As lições deste livro, muito mais que conteúdo para trabalhos acadêmicos, ou meras conclusões teóricas, servem como aplicação para a prática diária da nossa própria formação e a daqueles que nos foram confiados.



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