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Os heróis do capitalismo Entre investidores e empreendedores, em 2007o Brasil produziu 164 milionários por dia. E o melhoré que essa bonança veio para ficar Julia Duailibi e Cíntia Borsato Há trinta anos, o vietnamita Thai Quang Nghia, então com 21 anos, lançou-se ao mar em um barco improvisado na tentativa desesperada de fugir do regime comunista, no qual enxergava parcas possibilidades de vida decente. Thai ficou à deriva em mar alto. Resgatado por um navio petroleiro da Petrobras, veio parar no Brasil. O jovem imigrante enfrentou grandes dificuldades de adaptação ao país, a começar, claro, pela língua e pela burocracia de legalização de sua permanência. Como a maioria dos imigrantes, Thai trabalhou e perseverou com afinco redobrado. No começo sem muito sucesso. Mas aos poucos sua vida foi melhorando, até dar o passo decisivo de abandonar a idéia de ser empregado para lançar-se em um negócio próprio. Hoje, Thai é dono de uma empresa, a Goóc (raiz, em vietnamita). Ele produz anualmente 3 milhões de pares de sandálias e tem compradores em dezessete países. Entre 2004 e 2007, a Goóc cresceu 500%, atingindo um faturamento de 50 milhões de reais. A improvável história do refugiado do comunismo que trombou com a sorte em alto-mar é apenas uma entre as de milhares de novos capitalistas prósperos no Brasil. Antes, eles apenas sobreviviam e contavam como sucesso o simples fato de não entrar em regime falimentar. Nos últimos anos, porém, estão tendo um progresso turbinado por crédito farto, estabilidade monetária, mercado interno ávido por consumir, abertura para o exterior e perspectivas crescentes de melhora. "Crescer e ser o maior e o melhor em escala mundial é um objetivo viável agora para os empreendedores brasileiros. No passado o sonho era apenas não alimentar as estatísticas de mortalidade precoce das empresas", diz Paulo Veras, diretor do Endeavor, instituto com o radar ligado sobre as águas do mar empresarial brasileiro em busca de talentos empreendedores (veja quadro) O valor arrecadado por empresas com a abertura de ações na bolsa atingiu 55,5 bilhões de reais no ano passado. São recursos que dificilmente seriam obtidos por meio do crédito bancário – embora este também esteja em alta. Em primeiro plano, por estar mais à mostra do observador, aparece a incrível vocação do brasileiro para aventurar-se no mundo como empresário. À combinação de fatores acima some-se uma economia mundial ainda sedenta por produtos e matérias-primas brasileiros e tem-se o que os economistas chamam de "círculo virtuoso", a situação mágica em que as inevitáveis imperfeições da economia se auto-anulam produzindo um resultado positivo. Um exemplo clássico disso é o câmbio. A cotação do dólar vem caindo e beira agora 1,70 real. Esse valor é desastroso para os exportadores, que recebem menos dinheiro pela mesma quantidade exportada. Por outro lado, o fenômeno mundial que deprecia o dólar esquenta a procura por exportações brasileiras; assim, o que o exportador perde no câmbio recupera no volume vendido lá fora. O atual "círculo virtuoso" oferece números inebriantes. Pouca gente se dá conta disso, mas um país onde a probabilidade de se tornar um milionário é maior do que a de levar um tiro fatal é um país no rumo correto. O Brasil precisa ainda aumentar a eficiência da administração pública, reduzir a burocracia e agilizar o Judiciário. Esses fatores negativos fizeram o país perder posições no ranking de liberdade econômica elaborado pela americana Heritage Foundation em parceria com o jornal The Wall Street Journal. Entre 157 nações analisadas, o Brasil ficou com a posição de número 101. Quando a economia brasileira se livrar das amarras da lei trabalhista dos anos 40, do pesado endividamento público e da burocracia infernal, o país será uma aposta ainda mais segura para milhões de milionários em potencial. Ser milionário é ter uma poupança equivalente a 1 milhão de dólares 100 em cada 100 000 brasileiros já são milionários. Em 2007, 60 000 brasileiros acumularam seu primeiro milhão Isso significa que a probabilidade de se tornar milionário no Brasil é: • 22% maior que a de ser assassinado • 50% maior que a de morrer em um acidente de trânsito NA TRILHA DO MILHÃO Oscar CabralO administrador de empresas Carlos Henrique Lopes, 40, do Rio de Janeiro, sempre foi um poupador. Desde o seu primeiro emprego, ainda como estagiário, reservava religiosamente 40% do salário para investir em ações de empresas. Abriu mão de alguns luxos, como viagens em classe executiva, e até hoje não possui casa própria – prefere pagar aluguel. "Com a economia crescendo e os juros caindo, é melhor investir em ações do que comprar um apartamento", diz, com convicção. Depois de duas décadas de poupança, chegou a hora da recompensa: no ano passado, Lopes pôde deixar seu emprego de dez anos na Varig para abrir a própria consultoria. A meta agora é, dentro de cinco anos, alcançar o seu primeiro milhão.



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