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CASTIGO DIVINO Deus, o grande Pai, não quer castigar-nos, mas não acolhe o criminoso como a ocê. Prezado Alkomen, seus comentários sobre o texto divulgado no Shvoong com o título “CRIME E CASTIGO”, põem em evidência uma realidade chocante e muito cruel, mas não é chocante por ser cruel e sim porque desnuda o fato histórico de que o Homem criou um Deus à sua imagem e, para se destacar dos outros homens, lhes disse que foi criado por Deus à sua imagem. Aqui está o conteúdo cruel: o fato de sermos enganados por aqueles que detêm o poder de nos impor suas “verdades”, rotulando-as como de inspiração Divina, na certeza de que nós, seus fiéis seguidores, não ousamos interrogá-los a respeito da sua autoridade e competência para falar em nome de Deus. Simplesmente aceitamos o que nos dizem, nos recolhemos à nossa insignificância, atribuindo a eles um Dom que negamos em nós e, com isso, fazemos o jogo do sistema: transformamo-nos em massa de manobra, mantendo no poder aqueles que, indiferentes ao sofrimento que nos causam, continuam nos tratando como crianças, tornando-nos incapazes de percebermos a verdade por nós mesmo, e fazem tudo para nos impedir de criar uma consciência crítica, de desenvolver nossa capacidade intelectual ao ponto de podermos discernir entre o verdadeiro e o falso. Desta forma, mantêm-se no poder e alimentam o vírus da vaidade de se sentirem superiores aos outros homens: mais sábios, mais cultos, mais competentes, mais honestos, mais sinceros, mais justos, mais puros, mais verdadeiros, mais santos e, por isso mesmo, mais dignos de falar em nome de Deus, a quem atribuem os dons de virtude mais elevados e todo o bem que existe e não se dão conta, por não saberem ou porque não lhes convém, que Deus é indefinível pelo homem, que Deus É e que simplesmente É, como o traduziu Moisés quando em presença Dele, ainda que em linguagem alegórica. Também não se dão conta que Deus, verdadeiramente o Pai Criador de todas as formas de vida que existem, está presente em tudo que existe; que em presença de Deus só resta ao homem reconhecer que este é o limite além do qual não lhe é possível passar, porque a pequenez da criatura não tem poder para entender nem explicar a grandeza do Criador. Mas prepotente e arrogante que é, o homem se atribui o dom superior de explicar Deus aos outros homens, sem perceber que com isso simplesmente se empenha em reduzir Deus à dimensão humana, à capacidade humana de compreendê-Lo e explicá-Lo, mantendo-se e mantendo-nos na ignorância a respeito de Deus. Isto é chocante porque é histórico, é milenar e está tão visceralmente entranhado em nós, que nem nos damos conta que reproduzimos o erro herdado culturalmente. Simplesmente aceitamos, qual rebanho de cordeiros dóceis conduzidos habilmente para o aprisco pelo Pastor que os engorda para, em seguida, se alimentar com eles. Não sabem, ou não lhes convém saber, esses detentores do poder através da ocultação da verdade a respeito de Deus, sejam históricos, milenares ou atuais, que ao se apegarem intransigentemente ao significado da palavra MAIS, cometem o maior dos pecados, pelo qual terão de pagar com atroz sofrimento após a desvinculação do corpo que habitam temporariamente, que é o pecado da SEPARATIVIDADE. Consideram-se mais sábios, mais santos, mais dignos, etc. do que outros homens e com isto alimentam e reproduzem o monstro da COMPETIÇÃO, esquecendo-se ou ignorando que TODOS SÃO FILHOS DO MESMO E ÚNICO DEUS e que o sofrimento porque cada um passa ou vier a passar, é uma conseqüência natural do mal que fizer ou do bem que deixar de fazer quando podia tê-lo feito. Porque é assim, prezado Alkomen, não temos o direito de considerar Deus um pai cruel que queira castigar seus filhos, nem que alguém venha a ter seus erros castigados por um Juiz implacável. Este é um dispositivo criado pelo homem para impor limites à selvageria dos homens, enquanto selvagens, de modo a possibilitar a vida em sociedade. Mas pretender que as regras sociais sejam aplicadas no plano Divino, é reproduzir o erro histórico de oferecer aos homens uma compreensão de Deus com os atributos de bondade, justiça, dignidade e sabedoria que caracterizariam o homem ideal. Isto é o mesmo que “reduzir Deus à dimensão humana”. Urge um repensar da nossa maneira de estarmos no mundo; termos a grandeza de sermos humildes o bastante para reconhecer nossas limitações, nossos equívocos e a coragem de confessá-los, primeiro, cada um a si mesmo e, depois, assumir o compromisso íntimo de se conduzir na estrita conformidade da verdade que reconhecer como tal, mesmo que isso implique romper com o que antes considerava a verdade mais definitiva e inquestionável. Sei que é difícil, mas sei também que se eu puder aprovar meus pensamentos e atos, sem permitir que minhas ações desmintam ou contrariem minhas palavras, desfrutarei de uma condição de equilíbrio e paz que me permitirão enfrentar as adversidades da vida e vencê-las, mesmo que o mundo se volte contra mim.



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