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Onde ir, nesse caminho que não escolhi
(Reinaldo Rodrigues dos Santos)

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Caminhava pela rua tranquilamente, sem pensar no amanhã ausente, sem saber no futuro o que ser, com apenas uma certeza, de que iria ter de lutar para o pão de cada dia ganhar; passava-se o tempo, meus irmãos já não vinha mais brincar, percebi que a vida já mudara , que meus irmãos agora tinham que trabalhar. Éramos em seis, eu o mais novo, agora um pouco mais sozinho em casa, triste como um labrador sem dono, alegrava-se a noite quan- do todo mundo chegava do trabalho, todo mundo falando ao mesmo tempo, casa cheia, que- ria que aquele momento não passa-se mais , mas infelizmente, momentos são únicos, com eles vão tudo que há de bom. Minha mente passara tão rápido de criança á adolescência que mal percebi, aos poucos fui afastando de meus irmãos, não ligava mais para meus animais de estimação, pobre do réx, os gatos não sei que fim deu, senti a ausência mais já era tarde, subia no telhado e olhava para céu, descia lágrimas ,não sei se de tristeza. O tempo foi passando, agora adolescente, sonhos vinham, sonhos íam embora, quem não queria ser jogador de futebol, mas a necessidade de trabalhar era maior, futebol só lazer, quando tempo sobrara; era mês de junho que alegria , quermesse e festa junina, sía do trabalho e para lá eu corria, tênis arco-íris era moda calça fundo caindo e camisa do perna longa, amizades novas também. Meus irmãos agora eram a galera, o Hélio , Eliseu , Nanic- cão, Frides e Baía, estava formada a função, quando se juntava era mais de trinta , um barulho que ninguém aguentava, na quermesse, no parquinho ou no lixão. Aos poucos cada um foi tomando seu caminho, roupas novas gera custos, tênis arco-íris só com dinheiro, di- nheiro esse que nossos pais não tinham, apenas para despesas de casa e roupas do torra-torra, em busca disso foram formando grupinhos entre nós, agora o Hélio era pixador, era `"Os Cafagestes", o grupo dele tava aumentando. Eu era ofice-boy, o nanicão e o baía era meio parecido, passamos a andar mais juntos, não curtíamos muito pixar, ouvia boatos de que quando a polícia pegava, era de doe a alma, não era apenas boatos, algumas vezes, víamos alguns dos cafagestes chegando, todo pintado de sprey, até na bunda, realmente não queria aquilo; a fase da adolescência foi dando nomes aos personagens,eu de ofice-boy, com muito custo completei o colegial, o nanicão também, o baía, quem diria, era o esperto, completou a faculdade e pós em administração, o Hélio adivinha, sempre numa rebelião, pilotava o cadeião. Eu agora já adulto, só colegial não era estudo, uni o útil com a única coisa que sabia fazer, e que não era nada agradável, de ofice-boy passei a ser moto-boy, agora lutando por direitos, caçado por prefeitos que dizem fazer leis para nossa segurança, mesmo assim, ainda tenho esperança. Reinaldo Rodrigues dos Santos



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