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Sobredotação
(Almeida; Cao)

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Actualmente, ainda existe falta de informação e, portanto, falta de exactidão relativamente ao significado do conceito de sobredotação, sendo relacionado, geralmente com o conceito de inteligência. Terman defendia que o indivíduo sobredotado seria aquele que tinha um Q.I. elevado, ou seja, aquele que, a nível cultural, tinha adquirido conceitos acima da sua faixa etária e que, na escola, tinha um elevado desempenho. Contudo, Segundo Manuela da Silva, “...o ser humano é de uma complexidade extrema. (...) Assim, o conceito de sobredotação tem evoluído e integrado as múltiplas capacidades, que existem e vão sendo valorizadas no ser humano.(...) ... é aberto e multidimensional. (...) para ser sobredotado, deve-se apresentar um elevado potencial em qualquer um dos domínios humanos, de aprendizagem ou de realização, até hoje reconhecidos e identificados.”[1] Na perspectiva do comissário Marland (1972), apontada num Congresso nos EUA, sobredotado era o indivíduo que tinha capacidades acima da média numa ou mais áreas, isoladas ou em conjunto. (in Clark, 1988) Com base nesta definição, à inteligênccia cognitiva de Terman cujo resultado se exprime por “Q.I”. , juntou-se a inteligência criativa, estudada por Torrance (1964); o empenhamento na tarefa, a persistência e preserverança, agrupadas no conceito de motivação, foi introduzida por Renzulli (1986); actualmente, falamos em aptidões e talentos específicos, enunciados por Feldhusen, Gagné e Piirto; outras áreas foram sendo incluídas como a liderança e competências emocionais.
Alguns autores afirmam ser necessária uma comprovação das capacidades intelectuais através de resultados observáveis e não apenas através da pontuação obtida num teste. As capacidades que os indivíduos têm sofrem influências do meio em que se inserem e, assim, tornam-se mais visíveis se, no contexto circundante, se encontrarem recursos para para estimular estas capacidades.

Distinção entre precocidade, sobredotação e talento [2]

Em primeiro lugar, a precocidade distingue-se de sobredotação e talento pois é um processo em constante evolução, enquanto que os outros dois são fenómenos cognitivos estáveis. Quando se fala de uma criança precoce, não significa que esta seja, necessariamente, sobredotada ou talentosa, mas sim que teve possibilidade de aceder a determinados recursos intelectuais básicos mais cedo, não obtendo melhores níveis de desempenho ou um elevado desenvolvimento cognitivo por isso.
O talento é caracterizado por uma ou mais características/capacidades que se destacam de forma acentuada num indivíduo, podendo as outras ser normais ou mesmo baixas.
Por último, quando se trata de uma pessoa sobredotada, em geral, todos ou quase todos os componentes a nível cognitivo apresentam níveis altos, havendo, normalmente, uma área com um nível mais alto.
É possível afirmar que uma pessoa talentosa numa determinada área poderia obter melhores resultados numa determinada actividade do que um indivíduo sobredotado. Contudo, dependendo dos contextos e se necessitasse de utilizar outros recursos cognitivos, este mesmo sujeito poderia obter um desempenho inferior.
Concluindo, na sociedade actual, um indivíduo é valorizado ou desvalorizado por determinadas características o diferenciam ou sobressaem relativamente a outras. Actualmente, a sociedade dá especial importância às capacidades musicais, matemáticas e de raciocício lógico.





[1] Cf. Almeida, Leandro S.; P. Oliveira, Ema; Melo, Ana Sofia, 2000, Alunos sobredotados: contributos para a sua identificação e apoio, Braga, p. 39


[2] Cao, Luis, 1999, Revista Galega do Ensino, Corunha, Separata;



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