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Genealogia da Moral
(Frederich Nietzsche)

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Nesta obra, Nietzsche apresenta, numa linguagem inserida em poemas metafóricos e formas aforísticas, utilizando falsas contradições, com o intuito de embasar uma crítica aos valores morais vigentes (que, aliás, ainda estão), desde Sócrates e impostos, posteriormente, por ideologias judaico-cristãs. Assim, o autor adentra numa explicação genealógica, ou seja, no método científico para descobrir a origem dos valores morais reconstituindo os momentos do vir a ser (devir) dos valores. Descobre, então, que as antíteses e oposições acabam por desaparecer, quando analisado dessa forma, pois o mundo está em constante transformação (devir); os conceitos mudam: bem se transforma em mal e vice-versa. Nietzsche propõe o fim da metafísica, uma vez que ela divide o mundo em dois: mundo sensível X, (mundo inteligível - Platão), noumenon (o que é em si) X fenômeno (razão humana - Kant), mundo terreno X, (mundo celeste - cristianismo)...um dualismo que degrada os mundos da forma terrena. Numa rejeição a essa construção, o filólogo alemão afirma que é impossível um conhecimento que deixe de lado nossos afetos, pois, ele é, portanto, projeção dos nossos impulsos e anseios, sendo condicionado por uma perspectiva individual e sócio-cultural (visão social de mundo). Nietzsche discute a origem dos sentimentos morais, a partir do antagonismo metafísico entre duas classes: a dos senhores e a dos escravos, na tentativa de explicação das condições de criação desses juízos e nas conseqüências para o desenvolvimento da sociedade. Tendo a classe senhorial, duas classes rivais: a guerreira e a sacerdotal; a primeira, dominante, cultua a virtude do corpo, enquanto a outra inventa o espírito. Então, desta rivalidade surgem as duas morais: a moral dos senhores e a moral dos escravos. A moral dos sacerdotes, impulsionados pela vontade de poder mobilizam os escravos, invertendo os valores aristocráticos, para conseguir triunfar. O livro é dividido em três dissertações . A Primeira Dissertação consiste na psicologia do cristianismo. Desenvolve a idéia já apresentada em outra obra intitulada: “Para Além do Bem e do Mal” - por sua vez influenciada pela obra-prima “Assim Falou Zaratustra” - analisando o surgimento de uma inversão de valores - transvaloração dos valores - a partir do espírito de ressentimento (vontade de vontade) do sacerdote, começando com o povo judeu e, adiante, fixando-se com o cristianismo. A Segunda Dissertação analisa as condições sociais em que se gerou a memória (social). Encontra-se a psicologia da consciência: o conceito de “má consciência” relacionado ao da culpa. A vingança aparece como idéia material de dívida, movidos por processos violentos, recebendo o nome de justiça e se instituindo como legislação. A Terceira Dissertação revela a psicologia dos sacerdotes, onde o domínio e o adoecimento do animal homem garante o poder sacerdotal. Onde o ascetismo é uma ofensa a si mesmo e aos demais, uma vez que renega a vida criando um ressentimento ímpar. O ideal ascético trata a vida como uma ponte para outra vida, onde o homem carente de sentido preferirá querer o nada a nada querer. Segundo o filósofo, agora se vive determinado, vigiado, circunscrito em um código; viver tornou-se uma obediência servil e nada mais. Simplesmente para cumprir um código, vive-se, sem nenhuma perspectiva, a não ser a de sofrer. Praticamente, a vida se resume a vontade de poder e “eterno retorno”. Assim, diante da impotência de mudar o devir da vida, gera-se um espírito de vingança que determina várias atitudes do homem. Não obstante, o ressentimento e a transvaloração de valores (o espírito de vingança) remanejados podem ser transformados em um código de auto-conhecimento), auto-vigilância, auto-superação e autodisciplina, (tendo por referência o “além-do-homem”), o que uma vez institucionalizado resulta na Justiça.



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