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OS RIOS: PULMÕES DA AMAZÔNIA
(Jerson)

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OS RIOS: PULMÕES DA AMAZÔNIA
A importância do ecossistema amazônico para o planeta deriva de sua dimensão, da sua biodiversidade, e nos últimos 30 anos, da velocidade com que seus ambientes naturais vêm sendo alterados. De aproximadamente 5 milhões de quilômetros quadrados de floresta, quase 600 mil já foram desmatados (isso só no território brasileiro, e com dados até 2002). O eixo de sua imensa bacia hidrológica é o maior rio do mundo. Ao longo do Amazonas e seus afluentes há algo entre 100 e 300 mil quilômetros quadrados de terras periodicamente inundadas. Com as zonas ribeirinhas dos pequenos igarapés as áreas inundáveis giram em torno de 1 milhão de quilômetros quadrados.

Os cientistas constataram que essas áreas são cruciais para o ciclo regional e global de carbono (o ciclo de transformações que sofre o carbono ao longo do tempo, processo biogeoquímico essencial para a manutenção do clima da Terra e a sustentação da vida).
Só na região central da bacia Amazônia os rios e as várzeas inundáveis exportam, pela evasão de gás carbônico, algo como 1,2 ±0,3 T C ha-1 ano-1, uma saída de 0,5 Gt.ano-1 da bacia.
Tanto carbono, provavelmente, vem da decomposição da matéria orgânica da mata nos rios e nas várzeas, de onde é liberado para a atmosfera em forma gasosa. Ou seja, os funcionamentos terrestre e aquático do ecossistema amazônico estão acoplados. Quanto mais muda o primeiro, mais a dinâmica do segundo é afetada.
Estudos em pequena escala
Já foi bem provado que quando o uso e cobertura do solo mudam (floresta, plantação, vegetação secundária, etc.) o meio ambiente é afetado. As alterações influem na biodiversidade, no clima, na biogeoquímica da água. Quando a floresta é eliminada a temperatura do solo pode aumentar, há possibilidades de erosão, de redução de reservas hídricas, ou de disponibilidade de nutrientes, etc.
A quantidade e a qualidade dos sedimentos, materiais orgânicos e nutrientes que são levados para os rios também mudam quando a floresta é retirada. Os cientistas estudam estas mudanças, comparando dados de florestas nativas, várzeas inundáveis, áreas agrícolas e de rebrota, para identificar o que poderia afetar os usos do solo, e como estas mudanças afetam os rios.
Muitos estudos já foram feitos no Rio Amazonas e seus principais afluentes, bem como dos lagos de várzea da planície central. Nessa macro-escala ainda são poucos os efeitos perceptíveis do desmatamento. A maior parte da bacia ainda é florestada, e é tal o volume dos processos biogeoquímicos em curso nos grandes rios que fica difícil isolar os sinais das mudanças já ocorridas nos usos da terra.
Uma equipe de cientistas do LBA (o Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia), liderada pelo professor Alex Vladimir Krusche, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (do campus “Luiz de Queiroz” da USP, em Piracicaba, SP), com especialistas da Universidade Federal de Rondônia, da Universidade do estado de Washington e do Centro de Ecossistemas de Woods Hole (EUA), financiada pela FAPESP, pelo CNPq, pelo NSF e pela NASA, imaginou que os efeitos das mudanças seriam ser mais evidentes em rios menores, como os que estão nas cabeceiras da bacia, e que são o elo mais direto entre os sistemas terrestre e aquático da Amazônia.Poucos estudos foram feitos sobre os efeitos das mudanças no uso da terra no funcionamento e na estrutura desses rios. Os cientistas do LBA elegeram o rio Ji-Paraná, em Rondônia, como campo de estudo. A idéia foi estudar as mudanças na composição biogeoquímica do rio e associá-las às alterações da paisagem trazidas pela transformação da floresta em monoculturas ou áreas de pastagem.



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