Resumo de A Meta - Eliyahu M. Goldrat; Jeff Cox

O assunto foi abordado do livro, A META, escrito por Eliyahu M. Goldrat e Jeff Cox.

Nos anos 70, Goldrat, quando estudava física na Universidade de Israel, teve a oportunidade e felicidade de formular uma teoria matemática para o planejamento de produção, ou seja, tecnologia da produção otimizada. Ao envolver-se com problemas de logística da produção, na década de 80, desenvolveu um método de administração totalmente inovador para a época, denominado como Teoria das Restrições.
Maximizar os resultados da empresa é o enfoque principal da Teoria das Restrições de Goldrat, pois cria-se mecanismos para avaliar como as decisões de produção afetam o lucro.
O conteúdo dessa obra maravilhosa, que desperta a forma de administração da produção foi escrito na forma de um delicioso romance que aborda a dificuldade de um personagem, com a função de gerente de uma fábrica, em administrar sua empresa de forma tradicional. Ao desenrolar-se da obra o gerente acaba descobrindo os princípios da teoria do autor, e conseqüentemente a empresa passa a recuperar-se e voltar a ter competitividade no seu mercado de atuação.
De acordo com Goldrat, toda a empresa deve possuir a sua meta com fins lucrativos, com a finalidade de ganhar dinheiro, independente de ser no presente ou no futuro. Este tipo de abordagem não é conflitante com a missão da empresa, que deve ser definida a priori pelos seus proprietários, onde a lucratividade é uma condição necessária à sobrevivência de qualquer negócio, independente de seu ramo de atividade.
Garantir a continuidade do valor da empresa é, quando se obtém o valor dos bens e serviços que a empresa produz e que oferece ao mercado consumidor e torna-se superior ao valor econômico dos recursos que a empresa obtém do mercado e consome no processo produtivo de agregação de valor.
O autor nos diz que há três formas de ganhar dinheiro e que também permitem desenvolver regras operacionais para dirigir uma empresa, são elas: ganho, inventário e despesa operacional.
O ganho é um índice onde o sistema gera dinheiro através das vendas realizadas.
Por sua vez, o inventário é toda a soma que o sistema investiu na aquisição de produtos onde há pretensão de venda.
Entretanto, a despesa operacional é todo o dinheiro que o sistema consome com a finalidade de transformar o inventário em ganho.
O ganho é o índice pela qual uma empresa gera caixa através das suas vendas. Produção não é necessariamente ganho, enquanto o produto não é vendido.
E interessante que ao passo da leitura, percebe-se que esta obra literária sugere regras alternativas de administração de piso de fábrica para coordenar melhor o fluxo de produção. Assim, pode-se identificar onde os erros ocorrem, com a finalidade de ampliar a fábrica e reduzir o inventário. O gargalo pode ser qualquer situação que impeça o sistema em atingir um desempenho melhor em relação à sua produção.
A obra em si propõe um modelo de gestão de medir resultados que opõe-se ao modelo de gestão tradicional da contabilidade de custos, pelo qual se baseia em ratear os custos fixos com conseqüente alocação aos produtos acabados ou em processo, por criar ganhos irreais e incentivar a formação de estoques. Percebe-se que a obra compara, através de exemplos numéricos da gestão contábil, ou seja, o modelo da Teoria das Restrições e o modelo da contabilidade tradicional, procedendo uma avaliação e utilidade de um ou outro modelo para uma referida tomada de decisão.
Na Teoria das Restrições, o custo do produto deixa de existir em dessa forma, o processo decisório é fundamentado nas medidas operacionais globais. Tal enfoque tem reflexos na forma como os valores relativos a custo são medidos e organizados no sistema de informações (SIG) da empresa. Salienta-se que nenhum método ou sistema de medição por si só será capaz de mudar a realidade física e operacional, que é alterada tão somente pela ação dos gestores sobre os meios de produção. Há várias formas de tal realidade ser retratada, e a Teoria das Restrições é uma delas, coerente com a necessidade de informações para tomada de decisões, principalmente as de curto prazo.

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