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a ESCOLA PARTICIPATIVA E O TRABALHO DO GESTOR ESCOLAR
(HELOÍSA ESCOLAR)

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GESTÃO E DIREÇÃO Os processos intencionais e sistemáticos de se chegar a uma decisão e de fazer a decisão funcionar caracterizam a ação que denominamos gestão é a atividade pela qual são mobilizados meios e procedimentos para se atingir os objetivos da organização, envolvendo, basicamente, os aspectos gerenciais e técnicos administrativos. Nesse sentido, é sinônimo de administração. A direção é um princípio e atributo da gestão, mediante a qual é canalizado o trabalho conjunto das pessoas, orientando-as no rumo dos objetivos. Basicamente, a direção põe em ação o processo de tomada de decisões na organização, e coordena os trabalhos, de modo que sejam executadas da melhor maneiras possíveis. A organização e os processos de gestão, incluindo a direção, assumem diferentes significados conforme a concepção que se tinha dos objetivos da educação em relação à sociedade e à formação dos alunos. Por exemplo, numa concepção técnico-científica de escola, a direção é centralizada numa pessoa, as decisões vêm de cima para baixo, bastando cumprir um plano previamente elaborado, sem participação dos professores, especialistas e usuários da escola. Já numa concepção democrático-participativa, o processo de tomada de decisões se dá coletivamente, participativamente. A direção pode, assim, estar centrada no indivíduo ou no coletivo, sendo possível numa direção individualizada ou uma direção coletiva ou participativa. Com base na Lei 5540/68, já revogada pela nova Lei de Diretrizes e Bases, Lei nº 9394/96. Entre a formação e a atuação dos gestores, há um enorme descompasso, porque os cursos têm se mantido resistentes às mudanças na educação, que exigem repensar o ato de educar e pensar seriamente na educação continuada. Os gestores educacionais buscam orientações para seus problemas administrativos com colegas experientes ou aguardam “ordens” da Diretoria de Ensino, em vez de buscar soluções próprias, o que exigem maior conhecimento dos fatores envolvidos – capacidade de análise da situação e discernimento – que não foi propiciada na sua formação e nem na sua capacitação. As formas de seleção e de formação, assim como os regimentos escolares, não têm favorecido uma prática, administrativa eficaz. A escola, hoje, requer gestores dinâmicos, criativos, que propiciem a autonomia prevista na legislação. Assim, os gestores devem perceber as tendências de mudança, aprender a investigar, analisar e interpretar os novos desafios, devendo se beneficiar da própria experiência, da reflexão sobre a ação e dos avanços teóricos de sua área de conhecimento. Uma nova proposta de gestão educacional deve levar em conta: os desafios que se colocam à educação exigindo revisões constantes na formulação dos objetivos educacionais e as mudanças profundas na sociedade do trabalho em geral, alternando substancialmente o conceito de gestão educacional e as bases em que ela deve ser assenta. Formar o gestor para as mudanças e as exigências educacionais significa estudar a situação da escola e suas responsabilidades e a revisão de seu papel na sociedade atual. Para nós, o papel que o diretor deve ocupar neste momento difere em muito dos "ensinamentos" e orientações da UNESCO (Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas). Ao diretor escolar cabe romper com uma postura passiva e em certa medida banalizada de acatar todas as orientações vindas de cima (das delegacias, secretarias etc.) como se fosse um funcionário burocrático do sistema. Esse diretor deve enxergar a si mesmo como um representante de um projeto político-social de educação que passa pela ruptura com um sistema seletivo, excludente, e forjar uma gestão escolar mais aberta, arejada e direcionada para os anseios populares. Esse diretor precisa estar atento às manifestações interiores da escola, às questões concernentes à cultura escolar, ao pedagógico, ao educativo. Para isso, é necessário que não se deixe anular ou esgotar suas potencialidades como um profissional pedagogo que possui uma especificidade: conhece as questões relativas à educação. É necessário, portanto que esse profissional conheça a história das instituições educativas da sociedade, as diversas formas de organização e formação de processos educativos que transcendem, pois são anteriores, e ultrapassam a escola. É nesse sentido que compreendemos hoje a formação desse diretor de escola não mais como um pedagogo habilitado em administração escolar. Defendemos que sua formação seja também (assim como as demandas oriundas da reestruturação do trabalho fabril que apontam para uma formação geral) mais ampla flexível e mais densa. O diretor ocupa uma posição peculiar, uma vez que pode legitimar para os pais muitas das medidas da instituição, assim como legitima para as instâncias superiores institucionais as iniciativas e ações do professorado (ou do professorado em ação conjunta com a comunidade). Por outro lado, tal posição também o coloca numa função de mediador das relações entre o professorado e os órgãos normativos e fiscalizadores do sistema educacional. Do ponto de vista do microssistema, ou seja, da unidade escolar, odiretor pode criar, permitir ou tolerar a abertura de novos espaços necessários à transformação do cotidiano escolar. A ação do diretor mostra-se, igualmente, fundamental na constituição da rede de relações e ações que constitui o tecido sócio institucional no qual o aluno se insere. O diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola, auxiliado pelos demais componentes do corpo de especialistas e de técnico-administrativos, atendendo às leis, regulamentos e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino e às decisões no âmbito da escola assumidas pela equipe escolar e pela comunidade.



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