Conservadorismo
(Carlos Marx)
O conhecimento a respeito do que vem a ser conservadorismo é abaixo da nulidade. Me permitam cunhar um termo: é um caso de METAIGNORÂNCIA. O grave no Brasil é que as pessoas adoram falar sobre assuntos que desconhecem. O brasileiro é o rei do achismo, do chute, da "opinião". O típico brasileiro adora meter o nariz em qualquer assunto, da melhor técnica para se jogar futebol de botão até a física quântica. Claro, você não precisa saber nada, o negócio é dar palpite mesmo. Acabei de chegar ao meu lar doce lar neste exato momento. Estava numa mesa de bar me despedindo de uma amiga, que vai passar seis meses na Europa a trabalho. Eu não conhecia todos na mesa, havia amigos de amigos, parentes etc. e comecei a puxar conversa com os mais próximos. Como sou um ingênuo incurável, comecei a falar sobre livros (sim, no início este tipo de assunto ainda era viável), perguntei o que as pessoas andavam lendo. Pois digo a vocês, ninguém lera um único livro recentemente, sendo que alguns me disseram que a última vez que leram algo foi ou na escola ou na faculdade (eu estava conversando com pessoas entre 40 e 50 anos de idade). Era um grupo que reunia pessoas de classe média (euzinho) e classe alta. Faça um teste em encontros sociais: pergunte o que as pessoas estão lendo. Vai dar Paulo Coelho na certa. As pessoas têm ojeriza à idéia de se informar, de estudar a fundo qualquer assunto (obviamente, estou me referindo à média das pessoas, não à totalidade), de tomar precauções elementares antes de emitirem uma opinião. O brasileiro médio é um falastrão arrogante e desinformado. Por isto tanta besteira a respeito do conservadorismo: o sujeito não tem a mínima idéia a respeito do que fala, mas logo consegue uma multidão de seguidores, todos dizendo: "puxa, eu também acho exatamente isso!".
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