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TUDO SE ILUMINA
(Jonathan Safran Foer.)

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A HUMANIDADE COMO VÍTIMA

“Tudo se ilumina” é um romance do escritor americano Jonathan Safran Foer. Um romance sobre a solução de aflições e mistérios. O enredo é dividido em três vozes narrativas; jovem judeu-escritor-americano viaja para a Ucrânia a fim de encontrar a mulher que supostamente salvou seu falecido avô dos nazistas, na época do Holocausto, o narrador é o próprio Jonathan. Depois o relato passa a ser feito por Alexander Perchov, o ucraniano que serve de guia e tradutor de Jonathan na viagem. Em um romance dentro do romance, o personagem Jonathan relata a história de seu avô desde o nascimento (ou, melhor dizendo, “aparecimento”) de um bebê (que vem a ser a “mãe da mãe” da tataravó do personagem) que é encontrado no rio Brod, em 1791, num “shtetl” (palavra que pode ser lida como “lugarejo” ou “vila”) ucraniano. É a história dessa criança, de seus descendentes e do “shtetl” (que de normal não tem nada) que conta Jonathan em sua “obra dentro da obra”. Alexander diz: “Meu nome de registro é Alexander Perchov. Mas todos os meus muitos amigos me apelidam de Alex, pois essa é uma versão mais solta de pronunciar meu nome oficial”. As narrativas de Alex são as partes mais divertidas, mais emocionadas e mais trágicas do romance. Elas completam com as cartas que ele envia a Jonathan junto com os capítulos de seu livro, para que o americano corrija prováveis erros e faça suas observações. As respostas dele nós só sabemos indiretamente, por comentários de Alex, como “Modelei todas as outras correções que você recomendou”, “Tenho feito esforços para fazer você parecer uma pessoa com menos ansiedade, como você me ordenou que fizesse em tantas ocasiões”. Durante o caminho que percorreram juntos, uma amizade nasceu entre Jonathan e Alex. Foi o que os levou a trocar cartas e confidências depois, mesmo em continentes distantes. Essa amizade permitiu que ambos passassem a enxergar melhor a vida e tudo que os cerca. Um iluminou os caminhos do outro. E talvez seja essa a razão de ser do título do livro. “É a história de uma família, de uma tragédia mundial e de um rapaz, tudo muito intimista, pessoal e emocionante. Solucei lendo, talvez um dos poucos livros que trate do Holocausto de uma forma completamente diferente do esperado. A cegueira das comunidades, a clareza dos indivíduos, tudo se inverte ao decorrer da história e faz sentido. Você passa a se importar com os personagens, encontra partes deles em você mesmo. É lindo e iluminado”. Os principais personagens são todos muito engraçados, mas, ao mesmo tempo trágicos e tristes. Não se espera que seja um livro sobre o Holocausto: leve, divertido, inventivo e moderno. Percebe-se que esse é o tema central do romance quando se chega quase ao final. O romance mostra que a lembrança do holocausto ainda está muito viva a lembrança dos sobreviventes e seus descendentes. E a nova geração de escritores judeus que utiliza apropriadamente o material para criar. Seguem os passos de Primo Levi, o primeiro sobrevivente de Auschwitz a publicar um livro sobre suas experiências, em "Será que é um ser humano?". Além de dar uma mostra do preconceito que até hoje sofrem os judeus e também do terror do Holocausto e suas conseqüências, "Tudo se ilumina" é um romance muito divertido e muito bem escrito sobre a amizade, sobre o amor.
Jonathan Safran Foer. Tudo Se Ilumina. Rio: Rocco, 368 Páginas.



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