Descubra qual as chaces do ser humano ser extinto da face da terra!
(Autor Desconhecida)
Ecologistas populacionais - cientistas que estudam o relacionamento entre as espécies e o meio ambiente - das Universidades de York e Leeds na Grã Bretanha deram uma olhada mais de perto no registro fóssil recentemente. Eles descobriram que, historicamente falando, estamos vivendo em um clima que, tradicionalmente, viu a extinção de grandes números de espécies.
O registro fóssil é a história de nosso planeta. Ele é composto de informações coletadas de fósseis, camadas de rochas, amostras de gelo e outros fenômenos geológicos. Quando colocadas juntas, estas informações formam uma imagem da vida e do clima na Terra nos últimos 550 milhões de anos.
Os ecologistas populacionais compararam a mudança climática da Terra de 520 milhões de anos com a extinção das espécies durante o mesmo período. O que eles descobriram é um tanto quanto alarmante: durante épocas de tempo gelado, ­ chamadas de períodos de depósitos de gelo, a biodiversidade prospera. Biodiversidade é a presença de um grande número de diferentes espécies. Caso um ecossistema (ou planeta) seja diverso, então, as condições estão certas para apoiar a evolução, a reprodução e a divergência genética.
Entretanto, durante períodos de efeito estufa, a biodiversidade sofre. Esta falta de biodiversidade parece ser devida à extinção em massa - a perda de grandes números de espécies diferentes. De acordo com o estudo dos ecologistas populacionais britânicos, conforme o clima global foi aquecido no passado, grandes números de espécies foram extintas.
Então, por que isso poderia ser algo de grande importância para nós? Algumas das piores extinções em massa encontradas no registro fóssil ocorreram durante climas muito similares a este em que vivemos atualmente. Os pesquisadores de York e Leeds sugerem que, com base nos previstos aumentos nas temperaturas durante este século, a Terra poderia passar por um outro evento de extinção em massa muito em breve. Isso quer dizer que os netos de nossos leitores mais jovens podem estar por aí quando esta extinção em massa ocorrer.
Porém, a ciência não pode dizer ao certo que isso acontecerá. Não há evidências de que períodos de aquecimento global tenham sido diretamente responsáveis por extinções em massa. Entretanto, pesquisadores são capazes de mostrar correlações diretas entre o aquecimento global e as extinções em massa no passado. Temperaturas mais altas aparecem visivelmente durante estes períodos de extinção.
A pior extinção em massa descoberta no registro fóssil ocorreu há 251 milhões de anos, durante o período Permiano no final da Era Paleozóica. Naquela época, 95% de todas as espécies na Terra encontraram seu fim [fonte: Universidade de York]. Ninguém pode dizer exatamente por que esta extinção em massa ocorreu. Alguns cientistas acreditam que uma série de cometas atingiu o planeta e fez com que os oceanos se tornassem ácidos (também criando a chuva ácida na terra). Outros acreditam que gases venenosos da erupção de vulcões causaram o mesmo cataclismo ácido. De um modo ou de outro, está claro que, durante este mesmo período, a temperatura global também ficou elevada.
Não obstante, por que nós humanos nos preocupamos com o fato do planeta poder vivenciar uma outra extinção em massa, como aquela que ocorreu no final do Período Permiano? Afinal, já lidamos com a chuva ácida anteriormente. E, até mesmo se ficar quente lá fora, temos aparelhos de ar-condicionado. Nós (e nossos animais de estimação) deveríamos ficar bem, até mesmo se ocorrer uma extinção em massa, certa? Provavelmente não. Descubra na próxima seção, por que perder 95% de todas as espécies é realmente ruim para os 5% dos sobreviventes.
A importância da biodiversidade
Nós, seres humanos, atravessamos um longo caminho para ganhar nossa independência dos caprichos da Mãe Natureza. Aprendemos como construir abrigos e como nos vestir. Através da agricultura e dairrigação, podemos controlar nosso próprio suprimento de alimentos. Construímos escolas, hospitais, computadores, automóveis, aviões e ônibus espaciais. Então, qual o grande problema se algumas plantas, animais e organismos simples deixarem de existir?
Eis o problema com a perda da biodiversidade: a Terra funciona como uma máquina incrivelmente complexa e não parece haver partes desnecessárias. Cada espécie - do mais simples micróbio aos seres humanos - desempenha uma parte em manter o planeta funcionando normalmente. Neste sentido, cada parte está relacionada. Se muitas destas partes, de repente, desaparecerem, então, a máquina - que é a Terra - não conseguirá funcionar da maneira devida.
Por exemplo, as colheitas que cultivamos através de nosso uso inteligente da agricultura são possibilitadas pelo nitrogênio que está presente no solo. Este nitrogênio nutre e fortalece nossas colheitas. Mas, de onde ele vem? Larvas, bactérias e outras formas de vida encontradas no solo amam decompor a vegetação. Quando se alimentam, estes organismos produzem nitrogênio como produto residual, algo que as colheitas realmente amam. Assim é também a maneira como a compostagem rica em nutrientes é feita. Caso estas espécies de bactérias fossem extintas, então, nossas colheitas não cresceriam da forma correta.
Isso é verdade também em relação aos ecossistemas do oceano. O oceano - juntamente com a vegetação com base terrestre - desempenha um papel importante na absorção de dióxido de carbono - um gás que os seres humanos não podem respirar. O oceano não absorve este CO2 por si só. Ele depende de organismos como os fitoplânctons - vidas aquáticas microscópicas - para que absorvam o CO2. Perda de fitoplâncton quer dizer que perdemos níveis adequados de ar respirável.
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