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Deixar de Fumar
(CALLIBAN)

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Hoje é o décimo quarto dia que deixei o maldito tabaco - esse
"objecto" frágil, insignificante que indirectamente me dominou a vida
durante tantos anos seguidos. Odeio o cigarro com todas as minhas
forças. Odeio-o pela simples razão de me ter odiado a mim próprio por
me ter permitido ser controlado durante tanto tempo por algo que me
matava aos poucos. Odeio esse vício que começa por ser apenas social
para se transformar num monstro presente em todas as facetas da vida:
sabe bem depois do café, sabe depois de uma refeição, sabe bem depois
de uma noite de sexo, sabe bem depois de um chocolate, sabe bem
enquanto estou no computador, sabe bem enquanto jogo poker, sabe bem
antes de ir dormir, sabe bem quando o dia começa, sabe sempre bem...E é
triste...Triste que sempre saiba bem, triste que me mate por cada vez
que bem me sabe, triste, triste, triste...
Deveria não me revoltar tanto com o facto de eu ter sido um seu
prisioneiro quando afinal a liberdade sempre esteve a um passo, a um
passo meu, já que milhares e milhares de pessoas também foram
apanhadas, mas isso não é suficiente para que eu não me encha de raiva
contra mim próprio ficando com vontade de me auto-flagelar por catorze
dias depois eu ainda não ter a certeza se sempre conseguirei abandonar
de vez o maldito cigarro que não fala mas agride, que não ameaça mas
lesiona, que nada me ordena mas que no entanto me domina.



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