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Aplicação de Modelos Teóricos na enfermagem
(Alba Lucia Botura Leite de Barros; et al)

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APLICAÇÃO DE MODELOS TEÓRICOS NA ENFERMAGEM



A realidade, a circunstância em que vivemos, precisa ser por nós interpretada. Temos a necessidade de atribuir-lhe significados para com ela interagir. Sem interpretação, compreensão ou explicação, não saberíamos como aborda-la ao exercer nossas atividades.
As teorizações são criações dos seres humanos para guiar suas ações. As teorias (representações do mundo) são aceitáveis se atenderem aos nossos projetos e, quando essas representações não são úteis, são substituídas por outras.
A construção, a adoção e a rejeição de modelos estão presentes na evolução histórica da enfermagem. A relação entre ser humano, sociedade, saúde e ação de enfermagem pode ser compreendida, explicada por meio de teorias biológicas, sociais, psicológicas, epidemiológicas, etc., bem como pelos modelos propostos pelas enfermeiras.
São amplas as possibilidades de criação científica na enfermagem. Aos profissionais da área da saúde cabe criar, selecionar e aplicar modelos que sejam mais adequados ao tipo de serviço que prestam. Da utilização vai surgir a avaliação crítica, que, por sua vez, poderá corroborar ou reformular o modelo, o que pode ser resumido em progresso do conhecimento científico da área da enfermagem.



CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS



O processo de enfermagem é utilizado como método para sistematizar o cuidado, propiciando condições para individualizar e administrar a assistência e possibilitando assim maior integração da enfermeira com o paciente, a família, a comunidade e com a própria equipe, gerando resultados positivos para a melhoria da prestação dessa assistência. O processo de enfermagem na sua forma atualmente mais conhecida, consiste, de cinco fases seqüenciais e inter-relacionadas: levantamento de dados, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação. Essas fases integram as funções intelectuais na solução de problemas.
A fase inicial do processo de enfermagem, coleta de dados (HORTA), avaliação inicial (GORDON), corresponde ao levantamento de dados do método científico. Diz respeito basicamente a três atividades: coleta de dados objetivos e subjetivos, organização dos dados coletados e documentação metódica desses dados O seu propósito é identificar e obter informações pertinentes ao paciente. Todas as decisões quanto ao diagnóstico e intervenções e enfermagem, além da avaliação dos resultados, são baseadas nas informações obtidas na coleta de dados, que é fundamental para todo o desenvolvimento do processo de enfermagem.
Vários autores relatam que a enfermagem não conta com instrumentos de coleta de dados universalmente aceitos, sendo que estes podem ser desenvolvidos com base em qualquer uma das abordagens teóricas ou conceituais de enfermagem, devendo descrever as características do indivíduo e suas respostas ao estado de saúde.Há instrumentos de coleta de dados baseados na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de HORTA, nos Padrões Funcionais de Saúde propostos por GORDON, na proposta de auto-cuidado de OREM ou ainda nos Padrões de Resposta Humana da NANDA(North American Nursing Diagnosis Association).
O instrumento pode ser também composto por diversas partes que tenham diferentes referenciais teóricos. Exemplo pelo adotado no Hospital São Paulo. A primeira parte, identificação, tem como objetivo registrar dados que identifiquem o paciente. A segunda parte, informações sobre a doença e o tratamento, visa a situar a enfermeira quanto ao quadro patológico do paciente, procurando identificar fatores sociais, ambientais, características pessoais, comportamentos e hábitos que afetem as condições de saúde ou contribuam para o aparecimento de doenças, sendo, portanto, fundamentada quase totalmente no modelo epidemiológico. Na terceira etapa desse instrumento, denominada de Hábitos, são investigados aspectos da vida do paciente nos níveis psicobiológico e psico social, do modelo de HORTA e de OREM, que possam influenciar na sua assistência, necessitando de intervenções específicas da enfermeira ou mesmo de ajustes do próprio paciente no período de internação ou após o mesmo. A parte de Exame físico, inclui mensuração de sinais vitais, perímetros estrutura e peso, além de dados coletados por meio de inspeção, palpação, percussão e ausculta, a fim de identificar sinais normais e anormais nos diversos sistemas biológicos do paciente, refletindo claramente a utilização do modelo biomédico. Os Aspectos psicossociais compõem a quinta parte do instrumento, que visa a levantar dados referentes à interação social, resolução de problemas, apoio espiritual, suporte financeiro, conhecimento sobre o problema de saúde, autocuidado e mudanças percebidas no humor ou sentimentos após o conhecimento do problema de saúde. Nessa parte identificamos novamente os níveis psicossocial e psicoespiritual do modelo de Horta e as ações e o déficit de autocuidado de Orem. Além dos dados colhidos até aqui, a enfermeira tem a oportunidade de complementar os dados de sua área de especialidade na sexta parte do instrumento, denominada: Dados específicos de cada área.
O levantamento de dados de enfermagem de um paciente inclui a observação, a entrevista e a coleta de dados empíricos. É necessário que as enfermeiras, além de dominar as técnicas propedêuticas de inspeção, palpação, percussão e ausculta, tenham uma profunda compreensão da fisiologia normal, de patologia clínica, de diagnóstico por imagem, o que permitirá que elas extrapolem e analisem criticamente os dados coletados e ofereçam cuidados e intervenções adequados à evolução positiva do estado de saúde do paciente. Também não deve ser negligenciado o desenvolvimento da sensibilidade e da observação para detectar questões de cunho emocional, psicológico e espiritual, que levem ao estabelecimento de diagnósticos de enfermagem que demandem uma intervenção efetiva e imediata da enfermeira, para garantir o bem-estar do seu paciente/cliente.



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