Resumo de A CLIMATOLOGIA, O CLIMA E O ESTADO DE TEMPO - IV

Os aerossóis da atmosfera constituem uma causa de arrefecimento, potencialmente significativa, para a variação do clima. O principal impacte dos aerossóis no clima resulta de poderem reflectir e retrodifundir parte da radiação solar incidente, reduzindo, portanto, a quantidade de radiação solar que pode ser absorvida pela atmosfera e pelo globo. Deste modo, provocam um arrefecimento, podendo causar um arrefecimento substancial, ainda que temporária, da temperatura global. Os aerossóis podem ser, por isso, responsáveis por algumas variações naturais do clima.
A influência das variações da composição da atmosfera em escala regional, devido ao efeito de estufa, revela-se na nossa experiência do dia a dia. Por exemplo, nos desertos a temperatura da atmosfera, que é muito seca, desce bruscamente, depois do pôr do sol, enquanto que nas regiões húmidas o calor do ar se estende pela noite fora e a descida da temperatura da terra é mais suave, atingindo um mínimo ao nascer do sol.

Teorias astronómicas
Entre as teorias propostas, as astronómicas parecem ser as que oferecem um fundamento, cientificamente mais sólido, para explicar as variações profundas que o clima da Terra tem vindo a sofrer no decurso das eras geológicas passadas.
As estações do ano são determinadas, fundamentalmente, pela inclinação do eixo da Terra. A região do globo exposta à radiação solar directa varia durante o ano.
Quando um dos eixos aponta para o lado do sol é Verão no hemisfério correspondente, porque fica uma maior área deste hemisfério exposta à radiação solar e a incidência desta é maior. No hemisfério do pólo oposto ao sol, verifica-se o Inverno. Neste caso, a área exposta aos raios solares é menor e o ângulo de incidência é maior.

Teorias da variabilidade interna
Uma terceira categoria de teorias da formação das idades glaciárias assenta no desenvolvimento de instabilidade no balanço da energia do sistema climático interno, oceano-atmosfera-criosfera, sem ter que recorrer a factores externos, ou a qualquer regime forçado. São teorias que, fundamentalmente, assentam em mecanismos da variabilidade interna do sistema, através das circulações planetárias da atmosfera e dos oceanos, e do papel que a instabilidade e os fenómenos de auto-realimentação assumem na dinâmica e na energética do sistema climático interno: oceanos-atmosfera-criosfera.

As variações do clima

A Climatologia é uma ciência quantitativa. É uma ciência que procura estudar o comportamento do sistema climático e dos fenómenos naturais que nele ocorrem.
Actualmente, o clima tem de que ser considerado dentro de uma perspectiva dinâmica.
O clima é muito complexo, transforma-se e evolui, apresentando variações, flutuações, ou mesmo mudanças.
Na acepção geral o clima é a síntese do tempo e a nossa expectação sobre as condições meteorológicas.
Tomam-se para grandezas definidoras do clima, ou medidas do clima: as estimativas de valores médios, ou tendências centrais, dos elementos climáticos mais importantes (temperatura, precipitação, etc.); estimativas das medidas características da variabilidade em relação aos valores médios expectáveis.
Os climatologistas adoptaram a prática de definir clima a partir das condições climáticas médias referidas a um período de 30 anos e que seriam avaliadas de 10 em 10 anos. As diferenças que ocorriam eram tomadas como “ruído climático” dado o carácter extremamente variável dos elementos climáticos.
O conhecimento actual das causas das variações do clima é ainda rudimentar.
O sistema climático é constituído, colectivamente, pela hidrosfera, pela atmosfera, pela criosfera, pela litosfera e pela biosfera. O sistema climático é um sistema composto em que os vários subsistemas interactuam entre si.
As flutuações climáticas podem resultar da acção das variações dos factores do clima esternos ao sistema.
Temos que aceitar que as actividades do homem são responsáveis por algumas mudança

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