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Correio Braziliense
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27 de janeiro de 2008 Caderno Cultura Literatura À procura das origens do mal O último livro de Norman Mailer, um dos mais importantes escritores norte americanos que morreu no ano passado, chega na forma de um romance requintado, profundo e irônico, O castelo na floresta, reinventa a infância de Adolf Hitler. O principal toque de ousadia está no narrador: um demônio que assume algumas personalidades. Neste trabalho a exploração do estilo jornalístico e dos recursos da reportagem para compor seus romances foi profundo. Trata-se de uma biografia amparada nos fatos conhecidos da vida do biografado, mas que penetra na intimidade e nos pensamentos de cada personagem. A intenção de Mailer era esquadrinhar a origem do mal. A começar pela tese que norteia o demônio narrador. A tese de que Hitler seria filho de incesto Himmler, um dos principais nomes do estado nazista, acreditaria na potencialização das qualidades – para o bem ou para o mal- dessas pessoas. Adolf Hitler seria, então, filho de seu pai com a filha dele (Klara Poelzi), por sua vez filha do pai com a irmã do pai-o que faz do criador do nazismo algo mais que incestuário de primeiro grau-. Naquele microcosmo de Alois Schicklgruber estaria a base da maldade que forjaria o futuro exterminador de milhões de seres humanos. A família teve outros filhos, Alois Junior e Ângela, frutos do segundo casamento, meio-irmãos de Adolf. Depois dele vieram Edmund e Paula. Após a morte de Edmund e a partida de Alois Junior, Alois, pai redobra as surras em Adolf, que acumula ódio, ressentimento, insegurança, sentimentos de inveja e vingança. O papel do demônio narrador é remexer o caldo de cultura da personalidade de Adolf para não deixá-lo sucumbir diante do desamor e da violência. Aqui e ali ele conduz o raciocínio do menino, instigando-lhe autoconfiança e sonhos em que se sente poderoso, em que encontra na maldade motivos de gozo sem culpa. Depois de adulto, o criador das câmaras de extermínio, da tese da solução final, o sinônimo do mal absoluto. O Castelo na floresta se permite divagações sobre as bases do bem e do mal, investidas nas figuras de Deus e do diabo, com suas hostes de anjos e demônios aos quais caberia o cuidado direto junto aos seres humanos.



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