O Escândalo Modigliani - parte 1
(Ken Follet)
(parte 1)
A DESCOBERTA DO QUADRO - 1ª PARTE: PREPARAÇÃO DA TELA
Dee Sleigh e Mike, ambos interessados pelo mundo da arte, conversam no seu apartamento em Paris, após Dee receber um telegrama a notificar-lhe que tinha sido aceite no programa de Doutorado em Filosofia. Embora já tivesse um Bacharelato em História de Artes e um diploma em Belas-Artes, acredita que aprender é como um passatempo, já que gosta de fazê-lo.
Chega, então, à conclusão de que deve fazer a sua tese sobre a relação entre as artes e a droga, visto ser um tema intelectual moderno, subjacente à conclusão paradoxal de que o abuso de drogas é vantajoso para a arte e prejudicial para os artistas.
Com a ajuda de Mike, visitam um tipo idoso, amigo de meia dúzia de mestres da pintura que viviam em Paris antes da I Guerra Mundial, que sabe da localização de telas. Sempre vivera rodeado por droga (charros ou cannabis fumado com tabaco no cachimbo) e costumava vender haxixe aos pintores, inclusivé a Modigliani que pintava sob o seu efeito.
Foi assim que, conversando com o idoso, descobriu que Modigliani, quando não tinha mais dinheiro para pagar a renda e teve de abandonar a casa alugada em Paris, foi viver na casa de um outro pintor amigo e teve de se desfazer de várias obras, vendendo ou dando a amigos íntimos as que mais gostava. Não tendo espaço para guardar as restantes telas, queimou numa fogueira, em plena rua, a maioria das obras que havia pintado sob o efeito das drogas. Mesmo assim, uma dessas telas tinha sido enviada a um padre, da terra natal de Modigliani, que estava interessado no efeito das drogas orientais.
Contente com a descoberta, Dee envia um postal a contar as boas novas ao tio Charles (dono de uma galeria de arte em Londres). Movido pela ganância, Charles Lampeth pede a Mr. Lipsey, um detective privado, para encontrar o quadro antes de Dee.
A DESCOBERTA DA LOCALIZAÇÃO DO QUADRO E VIAGEM - 2ª PARTE: A PAISAGEM
Dee viaja sozinha, então, de comboio, através do Norte de Itália, até Livorno. Repara que o dinheiro já não é suficiente para grandes gastos, que dá apenas para uns dias em Livorno e para regressar a casa, mas não quer depender financeiramente de Mike e, por tal razão, não lho pede emprestado.
Começa por visitar duas igrejas e suas residências, à procura de um padre que tivesse conhecimento de um Modigliani, porém, não descobre nada. Só, depois, se lembra que o pintor era judeu e, provavelmente, também o seria o padre ou, melhor dizendo, o rabino. Ao encontrar um rabino, é-lhe dito que o seu precessor interessava-se por arte, mas, já idoso e doente, tinha abandonado a cidade e tinha-se fixado numa aldeia chamada Poglio, na costa do Adriático, onde vivia a sua irmã.
Entusiasmada, envia um outro bilhete, desta vez a Sammy (sua amiga, actriz, que vivia em Inglaterra), a informar que seguia para Poglio à procura de um Modigliani perdido; contudo, infelizmente, conclui que não dispunha da quantia necessária para alugar um carro e, quando menos espera, avista Mike, que aparecera para lhe fazer uma surpresa.
Enquanto isso, em Inglaterra, Julian Black (dono de uma outra galeria de arte) visita Sammy e tem conhecimento da descoberta de Dee ao ler sorrateiramente o postal. Sem saber o nome de quem escreveu o postal, já que Dee tinha assinado com um simples "D." e desprovido de fundos, vende o carro da mulher, sem o seu consentimento e esperando conseguir iludi-la com a desculpa de já ter tratado das diligências com a polícia quando ela descobrisse. Quando regressa a casa, mais cedo que o costume, receia confrontar a mulher; porém, vem a descobri-la a ter relações sexuais com dois homens em simultâneo, o que lhe permite tirar uma fotografia e utilizá-la como chantagem. Reagindo à nudez da mulher, dá-lhe a entender que a deseja, contudo, ela levanta-se, levando Julian a pegá-la com brusquidão e a obrigá-la a submeter-se à sua vontade.
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