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POEMIGRAÇÃO
(Gilberto Pessoa)

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Calvário

Sangra estômago, arranha tuas paredes
E provoca essa fome constante
Pois assim mostrarás ao mundo
O protesto de um faminto brasileiro!
Cái trevas da noite
Ilumina-te cidade bói-fria
E assim mostrarás aos homens
As revoltas e seqüestros!
Arde na garganta cachaça fácil
E distancia cada vez mais
A comida operária sacrificada.
Cai claridão solar ardente,
E abriga cidade, sob teus tetos
Uma maioria assalariada,
Explorada e assaltada!
Cai chuva, tempestade, trovão
Mas por favor, deixa de pé
Os barracos das favelas e palafitas.
Espanta trovoada com teu poder,
Os abutres e ratos dirigentes da sociedade.
Vem até nós criador, se existires
E extingue os monarcas caudilhos,
Os pivetes, os famintos...
Sou Gilberto,
Nasci em Belém,
Não quero e nem serei crucificado
Posto que o mundo inteiro já está no Calvário.

Rio, 16/01/80Do livro POEMIGRAÇÃO
Minha Rosa Eras para todos como tantas flores Que brotam em jardim - simples. Tua beleza normal não surgia entre várias Que demonstravam encantos. Passou o tempo, tuas pétalas abriram-se: Em rosa te transformaste E aroma jamais sentido Tomaram conta do jardim que estavas. Não carecias de jardineiro Para exibir a vida do lugar. Para que olhos a sentir tua presença? Através do olhar mudo, poderíamos expressar Que falavas por dentro ao tocar-te. Daria tudo para ser o ramo espinhoso Que sustentava tua beleza natural, eras cobiçada.. Talvez eu te ame, agora,Penso em tudo, resumindo, nada. Penso que o mundo é meu Quando na realidade não é, - Quero a ti, quero outra, quero tudo. Tudo na vida quero possuir. Sinto-me triste quando não estou presente A um acontecimento feliz da vida, - Vivo pra vida e ela me consome. Vivo de ilusão, vivo de amor, Vivo com medo, vivo feliz, Vivo contigo, vivo só. Espetáculos fabulosos dos momentos vividos Transformaste em eternidade. Depois tudo murchou e por ti fui esquecido Como tragado pela boca do tempo Durante a chama de amor que consumia meu corpo. Momentos felizes me proporcionaste. Adeus... estou conformado, Mais uma vez, obrigado - adeus. Belém 1996 Do livro POEMIGRAÇÃO



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