Contos de um Chef de cozinha - Casamento
(Thais Ratti)
Casamento
Na minha humilde tentativa de decifrar os decorrentes problemas do casamento, como o meu, o seu, o nosso e até de quem ainda não se casou, enxergo que o pai de todos os pepinos que aparecem ingratamente, durante as passagens na vida a dois, é a competitividade entre ambos. Como é estressante!
Às vezes, parece que a minha fêmea sente prazer nisso tudo, principalmente naqueles dias em que ela está mais fêmea do que o normal, os dias da famosa e chata TPM. Você me entende.
Ela implica com tudo, aborrece por nada e sobra tempo ainda pra chorar. Essa situação, às vezes, parece durar uma eternidade, mesmo sabendo que passará logo.
Afinal, aquela mulher não é qualquer uma, é a mulher que me ama mesmo sabendo que eu tenho inúmeros defeitos, assim como ela.
Pois é, é aí que entra a competição.
Entramos no ringue... de um lado ela, a mis TPM, cheia da razão, com argumentos sentimentais e chantagens das mais pesadas possíveis, capazes de derrubar qualquer bruta monte.
Do outro, eu, o macho confuso, cheio de esquecimento, com uma tentativa de superação enorme, porém, falha.
Dou alfinetadas no momento de fazer silêncio, sem nenhum pingo de saco pra tudo isso.
A guerra começa diante do tema: “vamos discutir a relação”.
Daí pra frente, meu caro, tudo que não se deve falar a uma mulher, eu falo, tudo o que eu não gostaria de ouvir, eu ouço. E, então nós estamos à beira do precipício, prontos a jogarmo-nos de lá de cima.
Como fugir dessa situação? Como nunca entrar numa dessas? Aposto que essas perguntas você também se faz toda vez que se vê diante desse abacaxi.
Não me iludo. Deixar de entrar numa confusão dessas é a mesma coisa de deixar de entrar em uma banca quando vejo o pôster da Juliana Paes, como veio ao mundo. (risos)
Agora, sair dela é tão fácil que, você meu amigo, vai se odiar por nunca ter tentado fazer antes.
Primeiro, antes que tudo comece, cubro-a de atenção e busco lá do fundo do baú, toda a paciência esquecida.
E, que tal eu hoje ir para cozinha?
Preparar um almoço gostoso, daqueles que encantam uma mulher mesmo naqueles dias.
Aliás, precisamos admitir que ser mulher é tão complicado quanto um quebra - cabeça de 800 peças ou um labirinto com 300 alternativas, mas com apenas uma saída.
Nada mais justo que cooperar com a amada, em um dia que para ela, tudo o que é pequeno se torna gigantesco.
Concluindo, nós homens maduros e modernos, podemos virar a mesa da melhor maneira possível, aproximando-nos. Podemos botar fé que teremos sucesso.
Thais Ratti
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