Bicicletas de Pequim
(Wanng Xiaoshuai)
Apresentando semelhanças com o clássico “ladrões de Bicicletas” de Vittorio de Sica, Bicicletas de Pequim , produção do ano de 2000, expõe algumas fraturas da China contemporânea; o elevado contingente populacional, os salários módicos, a dificuldade de comunicação, a violência. Um jovem interiorano recém-chegado em Pequim consegue emprego como mensageiro, e tem de percorrer a capital chinesa de bicicleta. Porém, o veículo é roubado. Um outro jovem obtém a bicicleta numa loja de usados. Ao descobrir o seu instrumento de trabalho, o jovem interiorano faz de tudo para reavê-la. Nas andanças pela cidade em busca do veículo é que percebemos a mesma desolação, a mesma agonia e incompreensão que há em “Ladrões de Bicicletas”. Nessa China financeiramente miserável (diferente da China economicamente próspera que vemos na TV), dois jovens diferentes encontram em uma bicicleta um sentido para a vida. Para um deles ela representa a sobrevivência; a forma mais imediata para conquistar um meio de subsistência. Para outro, o veículo significa a integração definitiva no grupo ao qual pertence; a chance do êxito amoroso com a moça cobiçada. O filme segue num ritmo que intercala o silêncio com a movimentação de uma metrópole congestionada. A produção de Xiaoshuai consegue fomentar a reflexão sobre os problemas existenciais e sociais da contemporaneidade. Ocidente e Oriente, apesar das evidentes separações em relação ao modo de viver, guardam aspectos similares quanto a incomunicabilidade, o desejo de aceitação, a solidão e as agruras que surgem nos centros urbanos.
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