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A Arte de Conviver
(James Wells)

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Ao longo dos milênios de civilização conseguimos superar inúmeros desafios. Erguemos moradias com conforto e comodidade, aprendemos a cultivar o solo, domesticamos animais, dominamos o mundo. Já aprendemos, relativamente, a sobreviver e viver na Terra.
Digo “relativamente” porque o desequilíbrio ambiental demonstra que ainda não aprendemos realmente a sobreviver no planeta sem agredir os reinos da natureza que coexistem conosco. Nosso egoísmo colocou-nos acima dos demais seres vegetais e animais, e agora estamos percebendo que somos interdependentes, que precisamos uns dos outros para prosseguirmos vivos, que ninguém vive e sobrevive só, que ao ferirmos as matas, os rios e o reino animal, ferimos a nós mesmos, que toda ação gera uma reação equivalente. Uma lição que já deveríamos ter aprendido a mais tempo.
Somente agora, ante os problemas climáticos, geológicos e econômicos engendrados por nossa visão equivocada da realidade, é que estamos percebendo que a sociedade é um sistema vivo[1]. Que não podemos afetar o meio em que vivemos sem sermos conseqüentemente afetados.
Mas, se na relação que mantemos com a natureza, agimos como adolescentes inexperientes e inconseqüentes, na relação com o semelhante estamos ainda na infância (psicológica).
Como é difícil para o ser humano “conviver”, “viver com” o outro! Como ainda somos pessoas imaturas emocionalmente, e, por isso, muitas vezes agressivas e cruéis. Conviver harmonicamente com o próximo, ainda é o nosso maior desafio.
Na Terra, há paradoxos terríveis que demonstram como ainda somos bárbaros do ponto de vista espiritual. Segundo a Organização das Nações Unidas, 70% das guerras no mundo têm origem religiosa. Que coisa incrível! E aqui uso a palavra “incrível” no seu sentido literal, “aquilo em que não se pode crer”.
Sabemos que as grandes religiões da Terra foram erguidas sobre três pilares básicos: a existência de Deus, a imortalidade da alma e o amor. Independentemente de como chamamos a Deus e de como concebemos a imortalidade. Não seriam esses três postulados religiosos o suficiente para vivermos em paz? Como é possível matar em nome de Deus e do amor? É claro que o problema não é das religiões, mas dos religiosos. De nosso fanatismo e cegueira espiritual. De nossa incapacidade de respeitar, mesmo discordando. De amar a todos, inclusive os que se nos apresentam como inimigos ou adversários.
Não foi essa a proposta do Cristo? E certamente não é essa a proposta de tantos outros líderes religiosos da Terra? Nossas ações e atitudes, mesmo em nome das religiões, deixam explícito o quanto ainda precisamos desenvolver a faculdade de amar e respeitar, para alcançarmos uma convivência pacífica.
Há uma passagem do Evangelho[2] que ilustra muito bem essa proposta de respeito às diferenças, de tolerância e caridade: “Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que, em teu nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco. Mas Jesus respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós.”
Observemos que a visão dos discípulos era sectarista. Quem não estivesse junto com o grupo não poderia realizar o que o grupo realizava. Mas Jesus, muito acima da mentalidade dos discípulos, aproveita o momento para deixar a mensagem da tolerância, e explica que “quem não é contra nós é por nós”. Naquele contexto propenso à discórdia, Jesus propõe o respeito, a união, e se faz instrumento da paz.




[1] Segundo a teoria Gaia, proposta pelo químico James Lovelock, pela bióloga Elisabet Sahtouris e defendida também por estudiosos como Leonardo Boff, a Terra seria um superorganismo vivo. A tese se fundamenta, entre outros argumentos, nasc



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