Resumo de OS JARDINS SUSPENSOS DA AMAZÔNIA

PARA FOTOGRAFAR FLORES, ELES TIVERAM AULAS DE GINÁSTICA, MUSCULAÇÃO, ESCALADA E ALPINISMO DURANTE 3 MESES, COM UM ORIENTADOR DO EXÉRCITO!

No Reveillon de 1.997, o fotógrafo LEONIDE PRINCIPE e o biólogo JEFFERSON DA CRUZ, estavam em busca das flores que nascem nas copas das árvores da maior floresta tropical, a AMAZÔNIA.

Estamos falando de ORQUÍDEAS, BROMÉLIAS E OUTRAS EPÍFITAS que nascem em imensas árvores que chegam a atingir 40 metros de altura(aproximadamente 13 andares de um edifício).
Seus equipamentos ali, além dos 30 Kg normais de componentes fotográficos, incluiam também 40 Kg de material de escalada: cordas, roldanas, mosquetões, cabos de aço e até mesmo uma cadeirinha de material sintético que servia de apoio fixo na árvore.

Ironicamente os maiores desafios que enfrentaram não foram aranhas, cobras e onças que é o que se pensa imediatamente quando se fala em selva. Quem deu mais trabalho foram as formigas e abelhas.

Certa vez Leonide ficou com as pernas e braços totalmente inchados pelo ataque de formigas: Estava tão absorvido no melhor ângulo para fotografar uma orquídea que não percebeu um exército delas subindo pela corda. Quando se deu conta do fato, seu corpo já havia sido invadido. Estando a 30 metros de altura qualquer movimento brusco poderia ser fatal. Teve que se controlar até alcançar o chão. A coceira causada pelo veneno era insuportável.

Jefferson não escapou impune. Estava no alto quando sofreu um ataque de abelhas. Teve sorte que elas não eram venenosas, mas não é uma situação agradável não saber disso na hora do ataque enquanto elas roçam seu rosto e se embaraçam em seus cabelos.
Por outro lado a satisfação que eles sentiam a cada flor descoberta e fotografada, era superior a qualquer aborrecimento nos contratempos.
As vezes recebiam verdadeiros presentes> Leonide encontrou uma EFÊMERA (São espécies de extrema beleza e têm poucas horas de vida), num dia ensolarado com a luz perfeita para fotografar.
Tiveram a sorte de encontrar também um HÍBRIDO(espécie que nasce do cruzamento entre outras duas plantas). É um recurso muito utilizado em laboratório mas na natureza é raríssimo acontecer.

Em compensação fotografar outra efêmera foi um desafio: Chegaram até a flor depois de 3 horas de caminhada por terrenos acidentados, atravessando verdadeiras nuvens de mosquitos. ELA ESTAVA FECHADA. A estimativa era que levaria uns 15 dias para abrir. Passado esse prazo voltaram ao local: ELA ESTAVA FECHADA! Deixaram passar mais 5 dias e voltaram: ELA ESTAVA NO AUGE DA FLORAÇÃO, tinha por volta de 2 horas de vida e CHOVIA torrencialmente. Tiveram que engendrar rapidamente uma cabana com lonas plásticas para o equipamento fotográfico e içar tudo para cima da árvore de 25 metros de altura para poder fotografá-la. No final o cansaço era grande e a satisfação maior ainda.

Certa vez Leonide chegou a tirar uma soneca no alto de uma árvore enquanto esperava um flor se abrir. Estimava que ela precisaria de umas 2 horas ainda e não teve dúvidas. Se acomodou e dormiu.

Essas histórias são tão fabulosas que viraram roteiro de cinema. No filme O CURANDEIRO DA SELVA o ator SEAN CONNERY interpreta um pesquisador que descobre na Amazônia, uma planta capaz de curar o câncer. Ele passa o filme todo se transportando entre as árvores por meio de cadeirinha, roldanas e com direito a um pequeno elevador.

Esse conforto não fazia parte do universo dos aventureiros Leonide e Jefferson

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