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Porque é que os Gays são Gays?
(Eduardo Szklarz)

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Porque é que os gays são gays? O debate sobre a origem da orientação sexual é hoje um dos mais quentes da ciência. Historicamente as explicações desta origem dividiam-se entre os que defendiam que uma pessoa nasce gay e os que sustentavam que nos tornamos gays, bi ou heterosexuais dependendo do ambiente em que vivemos. Nos últimos anos, várias investigações começaram a apontar novos e surpreendentes caminhos, sendo que as maiores novidades provêm dos estudos biológicos. Estes estudos indicam que a formação da sexualidade acontece mesmo antes do nascimento , nomeamente por determinação genética e/ou devido a factores que actuam no desenvolvimento do feto. Apesar destas possiveis explicações, nada está comprovado e ainda há muito por desvendar, principalmente no que respeita à influência do ambiente onde o individuo se encontra inserido. No século XIX, a homosexualidade era considerada um transtorno mental, daí a designação na altura de homosexualismo, visto que o sufixo “ismo” significa doença. Esta ideia de doença reinou na maior parte do seculo XX, mas ao perceber-se o total fracasso das terapias de “cura”, em 1973, a Associação Psiquiátrica Americana retirou da sua lista de disturbios mentais a atracção sexual por pessoas do mesmo sexo. Em 1991, um neurocientista anglo-americano Simon LeVay, anunciou ter encontrado diferenças em cérebros nomeadamente a nível hipotalâmico, de homens gays e homens heterosexuais. Apesar de não ter chegado a respostas conclusivas na altura , os estudos realizados por este investigador abriram caminho para outros estudos que reforçam a ideia de que a homosexualiadade pode ter origem pré natal. Um desses estudos foi em 1993, realizado por Dean Hamer, do Instituto Nacional do Cancro, nos EUA, que percebeu que dentro de famílias havia muitos mais gays do lado materno. Esta descoberta atriu a atenção para cromossoma X (as mulheres têm dois cromossomas X, enquanto que os homens têm um X e um Y). Hamer viu que uma região do cromossoma X , Xq28, era idêntica em muitos irmãos gays. O que este autor descobriu não foi propriamente um único gene gay, mas uma tira de ADN transmitida por inteiro. Apesar de muito contestadas estas conclusões, a conexão entre genes e orientação sexual,sugere que as pessoas não escolhem ser homosexuais, mas nascem assim por determinação genética. Apesar destas conclusões retiradas a partir deste estudo e de outros semelhantes efectuados na altura, o caso de gemeos com orientação sexual diferente mostra que sozinha, a genética, não explica a orientação sexual. Existe todo um outro conjunto de elementos determinantes. Como exemplo temos o próprio desenvolvimento biológico do feto ainda no útero. É precisamente nesta área que têm surgido as investigações mais promissoras. É o caso da teoria das hormonas pre natais. Esta teoria supõe que a homosexualidade nos homens é causada pelas proteínas receptoras de andrógenos, que seriam em menor quatidade nestes indivíduos e que por esse motivo restringeriam a entrada de andrógenos nas regiões responsáveis pela sexualidade, formando desta forma um cérebro submasculinizado. Para além destes factores biológicos (como genes e hormonas) que são certamente responsáveis por mais de 50% da orientaço sexual , há que admitir a existência de outros factores como psicológicos e ambientais , ainda que dificeis de determinar. Por exemplo, não há provas de que o abuso sexual na infância cause homosexualidade ou que pais ausentes e mães superprotectores possam levar o filho a ser gay. Isto significa que , apesar da ciência estar a caminhar para a noção de que a homosexualidade é inata, a biologia não é completamente determinante. A predisposiçã para a homosexualidade vai se manifestar ou não dependendo das experiências de vida da pessoa. Tudo indica que a orientação sexual é o resultado da interacção de 3 factores: biológicos, psicológicos e sociais , mesmo que estes dois ultimos.



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