ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
(Louis Thomas)
ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
Louis Thomas
Os alimentos geneticamente modificados, já popularizados sob a denominação de “transgênicos” estão na ordem do dia, por várias questões. Primeiramente, pela sua resistência a certas pragas usuais, o que permite uma substancial economia com o uso de defensivos, e em conseqüência, barateia sua produção. Também o uso de menos produtos químicos contribui com a preservação da saúde dos trabalhadores rurais e do meio ambiente, haja visto o grande impacto causado por tais agentes. Destaque-se, ainda, o descarte das embalagens de agrotóxicos, nem sempre realizadas com critério e o seu destino final, que também irá agredir o nosso meio ambiente já grandemente conspurcado.
A ciência avançou intensamente na criação de sementes geneticamente modificadas, que apresentam uma resistência ímpar para certas pragas, falta de chuvas, crescimento acelerado e produção avantajada, em comparação com as espécies anteriormente utilizadas. Isso representa um arsenal formidável para combate à fome em muitos países da África, Ásia e América Latina, além de gerar excedentes para exportação, em um mundo carente de produtos alimentares, graças às importações maciças da China e Índia.
Há mais de dez anos estão sendo plantados alimentos transgênicos em muitas áreas do planeta e não se tem notícia de que os mesmos hajam provocado quaisquer mudanças no meio ambiente dos plantadores, além de que consumidos pela população nativa e exportados para outras regiões, também não se tem notícias de que quaisquer abalos na saúde pública.
É certo que tais sementes modificadas geneticamente foram criadas por grandes laboratórios multinacionais, com destaque para os norte-americanos, mas isso é fruto de muita pesquisa e investimentos de milhões e milhões de dólares. Já que investiram tanto é justo que venham a colher os lucros advindos de tal empreendimento.
Certamente estas empresas estarão abertas a muitas parcerias com os governos de nações carentes de produção alimentar, no sentido de desenvolvimento de novas áreas de plantio, disseminação do novo tipo de alimentos, colheita de novos resultados, novas pesquisas, etc. Argentina, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e outros países já vêm se beneficiando grandemente do plantio de variedades transgênicas e não se tem notícia de qualquer abalo na saúde pública ou no meio ambiente.
Com a população global num crescendo, áreas agriculturáveis se reduzindo, derrubada de florestas nativas para avanço da agricultura e pecuária, período irregular de chuvas em muitas áreas e, ainda, com largas parcelas que são consideradas subnutridas, do ponto de vista mínimo de consumo diário de calorias, a chegada dos alimentos geneticamente modificados é a grande tábua de salvação.
A grande resistência provem dos grupos ambientalistas, além de outras organizações similares que são interligadas, mas com base nos estudos científicos já realizados, há que se encontrar um denominador comum, para que a população mais carente não venha a sofrer com a falta de alimentos e seus preços a cada dia mais proibitivos.
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