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A Criação Mais Rápida da Natureza
(Stephen W. Hawking)

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Esperava-se que a luz se deslocasse com uma velocidade fixa através do Éter. Se a luz fosse uma onda em um meio elástico denominado Éter, a velocidade da luz pareceria maior para alguém que estivesse em uma espaçonave indo em direção a ela, e a velocidade pareceria menor em uma espaçonave que viajasse na mesma direção da luz. Nenhuma diferença foi encontrada entre a velocidade da luz na direção da órbita da terra e em uma direção perpendicular a órbita. Porém, Michelson e Morley não encontraram diferenças diárias ou anuais entre os dois feixes de luz. Era como se a luz sempre se deslocasse na mesma velocidade em relação a um observador, não importando em que velocidade ou direção ele estivesse se movendo. Einstein mostrou que, se uma pessoa não conseguia detectar se estava ou não se movendo no espaço, a noção de Éter era supérflua. Então, ele partiu do postulado de que as leis da ciência deveriam parecer às mesmas para todos os observadores em movimento livre. A velocidade da luz é independente do movimento deles, sendo a mesma em todas as direções. Na teoria da relatividade, cada observador tem sua própria medida do tempo. Isso pode levar ao denominado paradoxo dos gêmeos. Um dos gêmeos (a) parte em uma viagem espacial durante a qual ele viaja próximo à velocidade da luz (c), enquanto seu irmão (b) permanece na terra. Por causa do deslocamento dele na viajem espacial, o tempo flui mais devagar na espaçonave. Assim, ao retornar do espaço, o viajante da espaçonave (a) descobrirá que seu irmão (b) envelheceu mais do que ele. Embora isso pareça contrariar o senso comum, várias experiências indicaram que, nesse cenário, o gêmeo viajante realmente voltaria mais jovem. O postulado de Einstein de que as leis da natureza deveriam parecer às mesmas para todos os observadores em movimento livre foi à base da relatividade, assim denominada por implicar que somente o movimento relativo era importante. Einstein derrubou dois dos absolutos da ciência do século XIX: o repouso absoluto, como representado pelo Éter, e o tempo absoluto ou universal que todos os relógios mediriam. Não obstante, a teoria da relatividade é agora totalmente aceita pela comunidade científica, e suas previsões têm sido confirmadas em inúmeras aplicações. Uma conseqüência muito importante da relatividade é a relação entre Massa e Energia. O postulado de Einstein de que a velocidade da luz deveria parecer à mesma para todos implicava que nada poderia mover-se mais rápido que a luz. Acontece que quando a Energia é utilizada para acelerar qualquer coisa, seja uma partícula, seja uma espaçonave, a sua Massa aumenta, tornando ainda mais difícil acelerá-la. Acelerar uma partícula até a velocidade da luz seria impossível porque consumiria uma quantidade infinita de Energia. Massa e Energia são equivalentes, conforme sintetizado na famosa equação de Einstein: E = m.c². Entre suas conseqüências estava a percepção de que, se o núcleo de um átomo de urânio se fissionar em dois núcleos com massa total menor, uma tremenda quantidade de Energia seria liberada. Os núcleos constituem-se de prótons e nêutrons unidos pela força de interação forte. Mas a massa do núcleo é sempre inferior à soma das massas individuais dos prótons e nêutrons que o constituem. A diferença é uma medida da energia de ligação nuclear que mantém o núcleo unido. Essa energia de ligação pode ser calculada com base na relação de Einstein: Energia de Ligação Nuclear é igual a ?m.c², em que ?m é a diferença entre a massa do núcleo e a soma das massas dos prótons e nêutrons individuais. Logo, E = ?m.c², é a liberação dessa Energia Potencial que cria a força explosiva devastadora de um dispositivo nuclear. A relação de Einstein entre energia (E), massa (m) e a velocidade da luz (c) é tão alta que uma pequena quantidade de massa equivale a uma enorme quantidade de energia: E = m.c². Isso levou ao projeto Manhatann e, conseqüentemente, às bombas que explodiram sobre Hiroshima e Nagasaki em 25 de Agosto de 1945. Embora a teoria da relatividade se ajustasse bem às leis que governavam a eletricidade e o magnetismo, não era compatível com a lei da gravidade de Newton. Segundo essa lei, mudando-se a distribuição de matéria em uma região do espaço, a mudança no campo gravitacional seria sentida instantaneamente em todas as outras partes do universo. Isso não apenas implicaria que se poderiam enviar sinais mais rápidos que a luz, algo inaceitável pela relatividade. Para saber o que significava instantâneo, também exigia a existência do tempo absoluto ou universal que a relatividade já tinha abolido a favor do tempo pessoal.



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