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Infiel - a história de uma mulher que desafiou o islã
(Ayaan Hirsi Ali)

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Ayaan Hirsi Ali escreveu a autobiografia "Infiel – a história de uma mulher que desafiou o islã", quando tinha apenas 37 anos. E vale mesmo uma vida. O livro é dividido em duas partes, como se fosse a síntese do que é viver na África subsaariana (Somália, Etiópia, Quênia, e na Arábia Saudita), injusta, violentíssima e, portanto, miserável de matéria e espírito, de maioria muçulmana, como é o caso de Ayaan, e dar um salto para a Holanda, com sua política de bem-estar social, mais avançada em conhecimento, multicultural e livre. Dois mundos completamente distintos.

Assim como Sherazade (mas, sem o charme fantasioso, e sim com o terror cotidiano das mulheres muçulmanas), Ayaan conta uma bela história para a sobrevivência. Mas, não só dela, e sim de todas as mulheres islâmicas. Que assim seja.

De um lado, países cujos costumes e condições subhumanas os desclassificam até na ordem do terceiro mundo. E, de outro, a avançada Holanda, cuja política de bem-estar social fala por si só sobre o que é possível fazer com parte dos recursos de um país capitalista decente. Só por isso foi possível a Ayaan conquistar a Holanda e... o mundo. Foi aquele país o palco original de denúncias contra o islamismo, pela voz e letra de uma mulher clitorectomizada (retirada por corte a faca do clitóris e dos pequenos lábios da vagina, e costura dos grandes lábios, sem anestesia nem assepsia nem consulta prévia aos desejos da vítima, aos quatro, seis anos de idade), espancada pela mãe, fraturada (no crânio) por um maalin, "difusor/educador" do Alcorão, que a joga contra a parede, após surrá-la. Neste episódio, Ayaan é espancada pelo maalin em um sábado à tarde, enquanto sua mãe está ausente. A mãe chega à casa, não nota os hematomas e o estado semiconsciente da filha, e com a ajuda da avó, a amarra e a espanca novamente, por não ter feito as obrigações domésticas.
Ali, são todos islâmicos, seguem os mandamentos de Alá. Logo, os fatos levam a crer que Alá é um deus violento, insensível, injusto, sem misericórdia, compaixão, perdão, compreensão e... miserável de tudo, como a própria África subsaariana  - e até a rica Arábia Saudita. Alguma dúvida? Não há nisso qualquer ilação ideológica, defesa ou discriminação religiosa, política, econômica ou qualquer outra intenção. São fatos.

Entregue pelo pai a um homem a quem não deseja, Ayaan viaja supostamente ao encontro do esposo, muçulmano que não agüentou o suplício (bem mais leve aos homens) na Somália e foi para o Canadá. Ayaan tem que esperar, na Alemanha, o visto para seguir ao Canadá. Foge, vai para a Holanda, que aceita refugiados africanos. Lá se instala, após meses de espera consegue a cidadania holandesa, e começa a abrir a gaiola mental em que se encontra.

Aprende a língua oficial do país, retribui toda a ajuda recebida, passando a intérprete de africanos na assistência social holandesa. Se esforça muitíssimo e consegue chegar ao grau de mestre em Ciência Política, pela universidade de Leiden, a mais prestigiada da Holanda. Torna-se parlamentar, denuncia a situação das mulheres muçulmanas, tratadas como párias e, em última análise, o próprio lixo humano responsável pelo futuro de homens e mulheres islâmicos.

É perseguida, seu amigo cineasta Theo Van Gog é assassinado por realizar seu roteiro, um curta metragem que denuncia a situação das mulheres muçulmanas. Tem o direito à cidadania quase cassado por outra política holandesa. Ayaan, exausta e eternamente errante, como diz, vai para os Estados Unidos, continuar sua peregrinação. Jamais à Meca. (Infiel – my life, 2006; Infiel – a história de uma mulher que desafiou o islã, Hirsi Ali, Ayaan, Companhia das Letras/Editora Schwarcz Ltda., 2007, 496 p.)



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