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Nem Gordo, nem magro. Mais importante é ser saudávelMuito além da questão estética, alimentação e atividade física estão relacionadas à saúde
Arquivo BondeDitadura da magreza: ''''''''Padrão estético que a mídia coloca, faz os normais se sentirem frustrados porque não conseguem chegar naquele padrão''''''''
Para estar bem com o próprio corpo basta apenas estar magro? Ou é possível ser gordo e saudável? Matérias e artigos sobre obesidade publicados na Folha de Londrina levantaram a polêmica. Mas, o que parece ser apenas questão de estética, ou de escolha, passa por algo ainda mais importante - a saúde. A nutricionista funcional Silvia Serra, de Londrina, explica que um organismo é considerado saudável quando todos os seus órgãos funcionam bem, independente da estética. ''''''''Se o corpo está cumprindo todo seu ciclo bioquímico, com certeza não estará gordo, como também não estará anoréxico'''''''', afirma, lembrando que nem sempre o bebê gordinho é saudável, assim como o indivíduo muito magro. A nutricionista Mikaela Somomura, de Londrina, esclarece que a obesidade é considerada uma doença, além de problema de saúde pública. Isto porque principalmente a chamada gordura abdominal está relacionada a males sérios, como problemas cardíacos e vasculares, hipertensão, alteração do colesterol e diabetes. ''''''''Não é só estética. A obesidade mórbida traz um risco de morte muito grande por causa dessas doenças associadas'''''''', alerta. O ortopedista Marcus Vinicius Danieli, de Londrina, publicou uma carta na Folha alertando para outros perigos da obesidade na área da ortopedia. Segundo ele, os quilos a mais no corpo representam uma carga extra para as articulações, o que pode piorar doenças que aparecem com o envelhecimento, como a artrose, desgaste das articulações. Ele ressalta ainda que qualquer cirurgia no paciente obeso apresenta mais riscos por conta das doenças associadas, além da maior dificuldade de cicatrização. Um simples gesso também é mais complicado porque não se consegue, por causa da gordura, uma imobilização ideal. ''''''''Não existe obesidade saudável, nosso corpo - articulações e sistema endócrino - não foi preparado para isso'''''''', afirma. Mikaela lembra ainda que a questão da longevidade está ligada a um bom estado de saúde, o que se consegue com qualidade de vida, que significa boa alimentação, prática de exercícios físicos e lazer. ''''''''É difícil achar uma pessoa idosa, com 80 anos, obesa'''''''', ressalta. Mas, tudo isso não quer dizer que é preciso ser magro a qualquer custo e se render à ''''''''ditadura da magreza''''''''. ''''''''Hoje há um padrão estético ''''ideal'''' que a mídia coloca, fazendo os normais se sentirem frustados porque não conseguem chegar naquele padrão. É preciso estabelecer metas reais, pensando na saúde'''''''', alerta a psicóloga Liz Von Der Maase, uma das coordenadoras do programa de reeducação alimentar Calorias Inteligentes em São Paulo. Quem faz uso de ''''''''fórmulas'''''''' para emagrecer - que normalmente associam anfetaminas, diuréticos e ansiolíticos, quando não outras substâncias como hormônios e antidepressivos - também está arriscando a vida. A associação dessas substâncias, proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), já causou a morte de uma jovem em Londrina em 2001, e tem sido motivo para processos contra vários médicos, farmacêuticos e donos de farmácias, que prescrevem e vendem esses remédios. As nutricionistas ressaltam que para buscar a saúde não é preciso radicalizar e cortar da alimentação o churrasco, a lasanha, o pãozinho com manteiga, a macarronada ou os doces. Dentro de uma alimentação saudável, segundo elas, há espaço para tudo, claro que sem exageros. ''''''''O normal é se alimentar várias vezes ao dia em quantid
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