AMAZONAS JÁ TEM LEGISLAÇÃO SOBRE SEQÜESTRO DE CARBONO
(Jerson)
AMAZONAS JÁ TEM LEGISLAÇÃO SOBRE SEQÜESTRO DE CARBONO
Depois de sancionar a lei que define a Política Estadual de Mudanças Climáticas, cria a primeira legislação brasileira sobre seqüestro de carbono e institui um Fundo especial para sustentar o projeto "Bolsa Floresta", destinado a transformar o homem que cuida da mata em parceiro do desenvolvimento sustentável da região, o governador Eduardo Braga assumiu, em Manaus, o comando do Movimento Nacional Sócio Ambiental do PMDB, que pretende envolver os membros da legenda em torno de uma questão programática importante para todos: a preservação do meio-ambiente. Em breve discurso Braga agradeceu o apoio do presidente Lula, que ajudou a prorrogar o modelo Zona Franca de Manaus até 2023, indispensável para a conservação de 98% da floresta do Estado - algo em torno de 150 hectares -, e lamentou o fato de ainda hoje tal fato não ser reconhecido pelo protocolo de Kyoto de forma a gerar uma remuneração justa ao povo da região pelo seqüestro de carbono. "Cobrar a responsabilidade dos paises mais ricos é cobrar condições para que o Amazonas, que está fazendo o seu dever de casa, alcance recursos suficientes e necessários para dar aos verdadeiros guardiões, ou melhor, aos zeladores da floresta, melhor dito, aos nossos povos da floresta, as condições de vida que um povo merece e precisa para sobreviver", afirmou. Braga disse, ainda, que não dá para compreender como no terceiro milênio, quando a floresta amazônica produz tantas riquezas, 5% do povo do Amazonas ainda contraia malária todos os anos. "Hoje o Amazonas decreta, por meio da sanção de uma lei aprovada pela Assembléia Legislativa Estado, a quem eu quero prestar minhas homenagens aos deputados que entenderam o nosso desafio e aprovaram dois textos importantes", argumentou. Depois pontuou algumas ações já colocadas em prática pelo seu governo, que está comprometido com os povos da floresta, a preservação ambiental, a evolução tecnológica e o bem estar do planeta, e deixou claro que é possível conciliar desenvolvimento com preservação ambiental, sem dispensar atenção especial ao social. "Essa lei estadual criou os nossos serviços ambientais. Se nós temos carbono, carbono é um produto. Se nós seqüestramos carbono, seqüestro de carbono é um serviço. Sem estruturar um produto e um serviço nós não poderíamos, além da lei de mudanças climáticas, criar um fundo que vai financiar o Bolsa Floresta, que vai estabelecer o desafio do desmatamento zero nas unidades de conservação do Estado do Amazonas", explicou. O governador lembrou, ainda, que hoje a floresta pode ser uma fonte inesgotável de recursos para a sustentabilidade e o financiamento de um modelo de emprego, renda e ocupação econômica. "Não é justo que nos cobrem, exclusivamente, as nossas obrigações e os nossos deveres para com a floresta. É necessário que nos remunerem, que nos dêem as condições para que o povo da floresta possa viver com dignidade. O Amazonas no dia de hoje, antes de mais nada, diz sim ao povo amazonense, diz sim aos verdadeiros donos da floresta do Estado do Amazonas, diz sim aos homens e mulheres que ao longo da sua vida, da sua existência, preservaram, conservaram e nos ensinaram a trabalhar o maior patrimônio da humanidade. A eles o nosso muito obrigado e ao povo brasileiro, o nosso desafio de fazer com que o homem e a natureza sejam um exemplo para o Brasil e para o mundo", completou .
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