Nonô descobre o espelho
(José Roberto Torero e Marcus Aurélius Pimenta)
“Nonô descobre o espelho” é um dos livros da coleção “História Literária para Crianças”, dos autores José Roberto Torero e Marcus Aurélius Pimenta. Composta de mais quatro livros, estrelados por Nuno, Neno, Nonô e Nina, a coleção tem a finalidade de apresentar temas relevantes da história do Brasil, utilizando-se de crianças que, apesar de terem vivido em épocas diferentes, têm os mesmos desejos de seus leitores mirins. A história começa quando os autores estão visitando uma fazenda de café nos arredores de Parati e avistam uns barris de madeira muito velhos. Malucos por futebol, eles resolvem usar os barris como traves. No primeiro chute a bola bate num barril, ele cai e despedaça-se todo. Ao juntar os restos do barril, eles acham umas folhas de papel com mais de cem anos. Nelas estava escrita a autobiografia de Nonô, um menino africano que atravessou o oceano a bordo de um navio negreiro, junto com outros escravos. Ele aprendeu com sua mãe a brincar o jogo do espelho, que funciona assim: ele escolhe uma pessoa e faz tudo como se fosse ela. Um dia ele foi pego na mata por caçadores de escravos e levado para o navio. Viajou quarenta dias sentado, sem ver o céu, o sol, a lua... Quarenta dias com saudades de seus pais. Chegando ao Brasil ele foi vendido para uma mulher branca, dona de uma bela fazenda. Ela morava com a filha num casarão branco de janelas azuis, mas não foi para o casarão que levaram Nonô e sim para a senzala. Lá ele conheceu Zefa Bié, uma velha africana que falava a língua dele. Um dia, Das Dores, a dona da fazenda, ameaçou chicotear Zefa Bié e teve seu braço seguro por Nonô. Enfurecida, ela castigou-o com o banho de mel. Ele foi amarrado num toco de madeira com o corpo todo lambuzado de mel e exposto às formigas. Letícia, a filha de Das Dores, salvou Nonô e levou-o para trabalhar no casarão. Lá ele aprendeu português, ficou amigo da moça e ajudou-a a namorar o moço loiro, mesmo contra a vontade da mãe. Para aliviar o sofrimento de todos, Nonô e Zefa Bié usam o jogo do espelho e transformam a cruel e rabugenta Das Dores numa nova pessoa. A grande qualidade do texto, aliada à produção gráfica impecável e às belas ilustrações de Rogério Doki despertam o interesse não só dos pequenos como também de adultos como eu, por exemplo, que adoro histórias bem contadas e muito bem humoradas.
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