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Educação como prática de liberdade
(Maria Gabriela Mellby)

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A melhor forma de ensinar e defender com seriedade, apaixonadamente, uma posição, estimulando e respeitando, ao mesmo tempo, o direito ao discurso contrario. Estará ensinando, assim, o dever de brigar por nossas idéias e,ao mesmo tempo, o respeito mutuo. Numa visão progressista, o treinamento puramente técnico não e suficiente. O trabalhador tem o direito de saber a razão de ser do procedimento técnico, de refletir sobre as implicações da tecnologia, seus avanços e riscos não um simples ato de acionar válvulas. E fundamental para nos, profissionais de varias especialidades, ter uma posição critica, vigilante, indagadora, em face da tecnologia.O objetivo a atingir e a possibilidade de se exercer o controle sobre a tecnologia e pô-la a serviço dos seres humanos. Todos os profissionais tem o direito de saber como funciona sua sociedade, de conhecer seus direitos e deveres, de conhecer sua historia e o papel dos movimentos populares. Todos nos profissionais temos que ter uma compreensão de nos mesmos enquanto seres políticos, sociais, culturais. Uma visão ingênua da pratica educativa e vê-la como pratica neutra, a serviço de idéias abstratas. A impossibilidade de ser neutro ou apolítico e que exige do educador uma ética: o que me move a ser ético e saber que a educação e política. Respeitar os educandos e não mentir para eles dizendo que estudar não tem nada a ver com o que se passa no mundo lá fora. Mas essa intervenção do educador deve ser não a propaganda ideológica mas sim o trabalho através do qual as pessoas vão se assumindo como sujeitos curiosos, indagadores, como sujeitos em processo permanente de busca, de descoberta da razão de ser das coisas. Ensinar não e uma simples transferência de "conteúdo" ao aluno passivo. E considerar - e não subestimar - os saberes de experiência, o saber de senso comum, o saber popular. Partir sim desse saber - o que não significa "ficar nele". E um direito de todos:descobrir a razão de ser das coisas não deve ser privilegio de elites. E necessário entender como os grupos de trabalhadores fazem sua leitura do mundo, entender sua "cultura de resistência", entender o sentido de suas festas, ver a riqueza de sua fala e de seus símbolos. Compreender o movimento contraditório entre rebeldia e acomodação. Outra responsabilidade nossa e a coerência entre o pensar e o falar, entre o falar e o fazer. Mas a coerência não e imobilizante: posso mudar de posição no processo agir/pensar.Minha coerência, necessária, se faz então com novos parâmetros. Sonhar faz parte da natureza humana - um sonho possível, uma utopia. Denunciar um presente cada vez mais intolerável, colocar um futuro a ser construído por nos. Mudar a linguagem faz parte do processo de mudar o mundo: nao e preciso esperar que o mundo mude para se mudar a linguagem.A incontinência verbal, o palavreado irresponsável são um equivoco, não tem nada a ver com uma compreensão correta da luta. Suas conseqüências apenas retardam as mudanças necessárias. O processo de educação nao se completa na etapa de desvelamento de uma realidade, mas só com a pratica da transformação dessa realidade. Estas duas praticam - conhecimento e transformação - formam uma unidade dialética.



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