Intellectual and Exiles: Expatriates and Marginals, de Edward Said (primeira parte)
(Edward Said)
Estou em Guerra contra mim mesmo Em Intellectual and Exiles: Expatriates and Marginals, Edward Said centra sua atenção em dois tipos principais de intelectuais: o exilado de sua terra natal e outro que se sente exilado em sua própria terra. Cada um desses tipos podem também se re-dividirem. O expatriado entre aqueles que se ajustam ao novo país de origem, a exemplo de Henry Kissinger, e os que não conseguem, ou não querem, se adaptar ao seu país de adoção, como Theodor Adorno. Tais intelectuais viveram o exílio nos Estados Unidos. Ou o segundo tipo – em exílio em sua própria terra –, que também podem se redividir entre os que se adaptam ao Sistema, não o contestando, e outros que não se amoldam ao sistema. Said exemplifica tal tipo, novamente, com Adorno – tanto em sua juventude alemã quanto após seu retorno dos Estados Unidos, após a segunda Grande Guerra Adorno teria vivido em um exílio perpétuo. Há, ainda, intelectuais que não se fixariam em uma terra, considerando várias como suas. Tais intelectuais não buscariam um lugar para seu exílio, pois viveriam em exílio, em um estado entre-cultural, a exemplo de V.S. Naipaul. Tais intelectuais poderiam ser pensados como autores traduzidos – para utilizar expressão do paquistanês Salman Rushdie (IYER, 1993) –, que, sem deixar de lado suas tradições, passariam a fazer parte também de outra ou outras. Edward Said se interessa em refletir acerca da condição de exílio, no entanto, como se pode considerar a partir dos exemplos anteriores, o pensador palestino-americano não considera apenas o exílio da desterritorialização, do expatriamento, em um país estrangeiro. Tal modo de pensar o exílio parece assemelhar-se ao modo como Julia Kristeva, em “Tocata e Fuga para o Estrangeiro”, pensa a condição de estrangeiro. As duas concepções se aproximariam pois o exílio seria, como afirma Said, uma condição real e também uma condição metafórica. Ao pensar acerca da condição de estrangeiro, a pensadora franco-búlgara preocupa-se com o ser/estar estrangeiro. Tal condição ocorreria, como a na concepção de Said, independentemente do espaço territorial ocupado. continua....para continuar a lpublicação desta resenha eu peço que o leitor faça comentários e avalie a resenha, então publicaremos a segunda parte. Ou entre em meu blog,http://vanres.blog.terra.com.br/ Obrigado pela compreensãovander vieira de resende
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