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Constantino, Rei dos Floristas III
(Júlia de Barros Biló)

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Também aqui, na nova oficina onde passa a trabalhar, todos os olhares estatizam perante a beleza das flores que cria. É então que um sargento vem buscar um ramo exibido na montra, feito por Constantino. O ramo era para ser oferecido pela Guarda Nacional à Rainha D. Maria Amélia, que gostou tanto que mandou felicitar o “Mestre Constantin”.??Constantino torna-se “rei”??Reconhecendo-lhe o mérito, um cliente habitual da oficina acaba por incentivar e ajudar Constantino a estabelecer-se por conta própria, entrando ele próprio e um amigo como sócios na empreitada. Uma opção que Constantino vê com bons olhos, não obstante a sua gratidão para com o patrão, pois os colegas começavam então a olhá-lo com maus olhos – olhos de inveja. Além disso, precisava de espaço para a sua criatividade. ?Desde então o seu negócio prosperou e a sua fama alastrou. Passa a ser moda em Paris a camélia na botoeira da lapela, e quem primava à altura pela elegância não passava sem “uma grinalda nos cabelos, ou uma rosa encarnada no decote, ou uma flor de lis num ombro”, sempre com a marca de Constantino. ?Em 1839 é nomeado fornecedor da Casa Real de França, enquanto lhe chegam encomendas de muitas outras casas reais europeias. Mas foi em 1844 que Constantino passou a ser conhecido como rei dos floristas. Para tal contribuíram o sucesso de uma quermesse organizada pela rainha, para angariar fundos de apoio às vítimas do tufão que destruiu a ilha de Guadalupe, onde as flores de Constantino foram as verdadeiras rainhas. E logo a seguir, outro acontecimento solidifica, irreversivelmente, a fama do “mestre”: a decisão da princesa D. Clementina de levar ao altar, no dia do seu casamento,um ramo feito por Constantino. Os jornais falam de Constantino e reproduzem as palavras da rainha: “as vossas flores são tal qual as naturais. Com a única diferença que estas murcham e as vossas não”.?Depois de receber o primeiro prémio na exposição de Paris, Constantino decide viajar pela Europa para estudar botânica, de que regressou cheio de novas ideias. ?Mas à prosperidade estavam prestes a suceder-se dois anos de dificuldades financeiras, valendo-se, para lhe fazer frente, de todas as suas reservas económicas, recusando-se, em alternativa, a despedir os seus artífices. ??O regresso a Portugal e a morte??Quando a prosperidade se reinstala, Constantino decide regressar ao seu país. Precedido pela fama, é recebido em Lisboa numa homenagem liderada por Almeida Garrett a que se juntam a elite intelectual e a alta sociedade de então. Mas foi em Moncorvo que Constantino realizou o sonho da sua vida: reaver os apelidos da sua família biológica. Comovido pelas honras com que foi recebido na vila, aceitou comovido a “oferta” feita pelos familiares. E assim Constantino deixou Moncorvo com dezoito apelidos. Regressado a Paris aguardou a chegada desse papel valiosíssimo que atestaria a sua origem e o seu novo nome, mas, infelizmente, Constantino não chegaria a tê-lo realmente, pois chegou depois da sua morte.?Em 1854, a sua saúde debilita-se e o médico recomenda-lhe mudança de ares. Decide então regressar a Portugal, onde permanece apenas alguns meses. Regressa então a Paris, em 1855. Em 1858, depois de muitas outras, uma última honra marca o seu currículo: é convidado pela casa real germânica para fazer o ramo de casamento de Dona Estefânia com D. Pedro V de Portugal. ?A partir de então, a morte aproxima-se com sinais evidentes de declínio: a saúde é cada vez mais débil e a industrialização desvaloriza o trabalho manual de que vivera ao longo dos anos. ?A 14 de Janeiro de 1873 Constantino morre, sem que se saiba ao certo em que circunstâncias, se ainda com posses e criados, ou se bastante pobre, a hipótese mais provável, segundo Júlia de Barros Biló. Não morreu na sua terra, como era seu desejo, embora no cemitério de Moncorvo esteja depositado, em sua memória, um pedaço de terra trazido do cemitério parisiense onde repousa. Mas o que talvez importe é que, como refere a sua bió



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