As flores do mal
(Charles Baudalaire)
O autor Charles Baudelaire no livro “As Flores do Mal” busca internalizar as poesias líricas expondo de forma que corresponda com a realidade da nova arte que é da modernidade.
Na poesia “O Cisne”, a qual o autor expõe a cidade de Paris com a sutilidade de uma cidade que se modernizou rapidamente com o processo de urbanização implementada pelos governos da França no século XlX. Esta poesia foi referenciada a Vitor Hugo, que destacava as grandes obras de arquitetura, tal como a Catedral de Notre-Dame, assim:
O pensamento sobre a cidade em Hugo aparece, de modo mais evidente, em Notre-Dame de Paris, publicada em 1831. Hugo era obcecado pelo tema da cidade, de Paris, e apaixonado pela arquitetura, “esta arte – rainha”. Empenhou-se decisivamente na defesa dos monumentos antigos e encontrava na unidade da cidade medieval o ideal sedutor da “organicidade”. A propósito escreve sobre a Paris medieval: “Então não era só uma bela cidade; era uma cidade homogênea, um produto arquitetônico e histórico da Idade Média, uma crônica de pedra”. (1998: p. 170)
É significante como Baudelaire se expressa na poesia as imagens suntuosas mitológicas para dizer que, a cidade de Paris foi mudada com o tempo, a qual não se volta mais. “Andrômaca”, a amada de Heitor restaura toda a imensidão dos clássicos que se definha a figura de linguagem do rio “Semeonte com o pranto aflorado”.
Baudelaire atenta para a feição de Paris que na sua paisagem histórica foi mudando como um coração infiel, quer dizer, a velha Paris foi tornando uma cidade moderna, a qual deixa as antigas imagens assim “na lembrança vejo esse campo de tendas, como também os bichos”.
Numa manhã, o autor se maravilha com um cisne aflito que fugiu do cativeiro com se fosse a última imagem do antigo, do passado, assim como o homem de Ovídio, que tenta sua liberdade naquela cidade que prezava pela nova urbanização.
Numa passagem voraz o autor diz que “Paris muda”, observando a arquitetura dos lugares e intitula as lembranças pesarem mais que rochedos.
O autor demonstra a saudade nas suas estrofes, quando diz que “o Louvre lembra a imagem do cisne”, até menciona “Andrômaca” novamente para se fixar na eterna passagem histórica de Tróia e ainda da negra que busca a “África esquecida”.
Nas últimas estrofes, faz um apelo sobre o tempo de não voltar mais, a qual tenta dizer que até a “alma está exilada da sombra” como algo que se perdeu perante a nova cidade de Paris.
Baudelaire que cuja evidência demonstra uma Paris que perdia a sua magnitude pelas construções como a rua da poesia “Uma passante”, que não era mais da forma antiga e sim uma rua ampla, frenética, a qual as pessoas perambulam e não sabem do prazer que ela transmite, como ele indicou sobre aquela bela mulher.
A mulher que passou naquela rua demonstra uma imagem que não há na cidade de Paris, quer dizer, não são observadas por causa da multidão, que neste período Paris havia um milhão de pessoas.
Esta poesia “Uma passante” busca intimamente voltar para o ultra-romantismo com aquele sentimento de perda da sua amada. Primeiramente, a mulher encanta pelos seus pequenos gestos como “Uma mulher passou com sua mão suntuosa, erguendo e sacudindo a barra do vestido”.
Depois, as suas pernas envolvem e fascina dando uma identidade de que a mulher é um ser único de doçura e prazer. Este autor procura dizer que nem o tempo deixou de transpassar esta imagem da mulher pelas ruas de Paris, assim como “Que luz...e a noite após! – Efêmera beldade”.
A tristeza do autor é de não ver mais aquela amada passando, mas há uma esperança que talvez seja na eternidade. A última estrofe delineia a saudade do amor perdido que assim diz: “Longe daqui! Tarde demais! Nunca talvez! Pois de ti já me fui, de mim tu já fugiste, Tu que eu teria amado, ó tu que bem o viste!”.
O autor Baudelaire nestas d
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