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Dia do Índio no Brasil é marcado por luta pela terra
(Rogéria Araújo*)

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A Constituição Brasileira preza direitos iguais para todos, será mesmo?
Segundo a Funai (2005) o número de índios no Brasil é de 358 mil e eles participam politicamente, votam e escolhem os dirigentes de uma nação. Na atual civilização os índios não são mais "excluídos digitais", usam urnas eletrônicas e já sofrem os males do capitalismo. Perante a lei os índios são cidadãos com direito a educação, saúde, trabalho, sem distinção de raça, cor ou etnia, com direito ao voto, igualdades, como outro cidadão qualquer, esteja no município de Oiapoque (Amapá) ou na grande São Paulo. Entretanto nem na comemoração do dia do índio (19 de abril) eles tem paz, para comemorarem com tranquilidade e alegria, e sim com muita luta por terra. Terra esta que deveria ser sua por direito, pois no Brasil eles eram os primeiros nativos, antes da colonização portuguesa.
Na época do descobrimento do Brasil em 1500, cada tribo indígena tinha sua própria terra, língua, festa, religião e lendas. A caça, plantação e pesca eram divididas entre os integrantes das aldeias. Nas tribos não havia desigualdade social, desemprego e todos esses males causados pela sociedade capitalista. Entretanto com a chegada dos portugueses, houve um choque cultural enorme e romperam-se as barreiras. Os portugueses acreditavam que os primitivos, habitantes do Brasil, eram "bárbaros" e "pagãos" e tomaram para si a missão de conduzi-los para a civilização e para o cristianismo, foi aí que começou o caos nas terras indígenas. Desde então as vidas dos índios brasileiros passaram por mudanças revolucionárias, eles foram introjetados em uma sociedade representada por conflitos econômicos, ideológicos, sociais e religiosos, onde na maioria das vezes, não mais respeitam os costumes e as tradições, que diga-se de passagem, são a base de qualquer civilização.

Percebe-se que o "homem" é um destruidor nato. Em busca de civilização passa em cima de tudo que encontra no caminho, desmatam florestas, poluem rios e o pior querem abafar a voz das tradições e dos costumes indígenas. De geração em geração, o número de índios no Brasil decresce cada vez mais. Considerando, como exemplo, a tribo Cinta Larga em Rondônia, nos anos 70 eram em torno de 5000 nativos, atualmente mais de 70% já foram dizimados em conflitos por terra e poder, restando cerca de 1400 índios. O avanço desta civilização desenfreada causou-lhes diversos males, como: desemprego, fome, falta de infra-estrutura, baixo nível educacional, etc.

As classes dominantes brasileiras sempre souberam manipular a mão-de-obra indígena, escravizando-os a manutenção de suas riquezas. Mas a busca por uma vida melhor está na informação. Quem se informa passa a conhecer seus direitos e é capaz de fazer as melhores escolhas para construir a sociedade na qual se quer viver. Percebemos que os índios brasileiros estão lutando por igualdades perante a lei, e o caminho é tirar a democracia do papel, é lutar por direitos políticos e sociais, é fazer valer os direitos garantidos por lei. Devolver ao povo o que é do povo, dar terra a quem quer terra. É o índio, quem nunca deveria ter perdido seu pedaço neste chão. Em uma democracia representativa, os cidadãos exercem seus direitos políticos por meio do voto, tem direito à liberdade de expressão e clamam por justiça através de meios legais, portanto a luta continua amigos indígenas. Acreditamos que com perseverança, ética e dignidade um dia seremos todos iguais, mesmo, sem demagogia.



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