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Sagarana(Sarapalha)
(Guimarães Rosa)

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O objetivo deste trabalho é fazermos uma análise literária de um dos contos da Obra Sagarana, de João Guimarães Rosa: o conto Sarapalha.
No conto Sarapalha, tal é a semelhança com a realidade vivida no Brasil no período epidêmico da malária, que leva o leitor a acreditar ser esta uma história real. No enredo do conto cada fato tem sua motivação: abandono do lugarejo/chegada da malária, situação das plantas e animais/término do período de chuvas; solidão dos primos/fuga de Luisa; que tem uma causa e que gera conseqüências. O que nos remete a semelhança com a realidade de um povo nessas situações.
Um lugarejo na beira do rio Pará, que antes tinha habitações, ruas, bons pastos, boa gente, terra boa para o arroz foi largado por um povoado inteiro por causa da malária que chegou matando muita gente. Numa fazenda denegrida e desmantelada, perto do vau da Sarapalha, moravam uma negra, já velha, que capina e cozinha o feijão, um cachorro perdigueiro e dois homens que vivem sentados num cocho emborcado, cabisbaixos, quentando-se ao sol. Esses dois homens (primo Ribeiro e primo Argemiro), já atacados pela maleita, recusam-se sair de onde estão, a fazenda do primo Ribeiro, e resolvem ficar esperando a morte chegar.
Entre os intervalos da febre intermitente causada pela doença, os dois primos entrecortam diálogos que giram em torno do tempo, dos mosquitos, dos efeitos da maleita, do rio, do quinino e da partida da prima Luisa, esposa do primo Ribeiro. A esposa do primo Ribeiro era linda e se tornou a causa do conflito entre os primos, porque o primo Argemiro também gostava da esposa do primo Ribeiro. O primo Argemiro nunca faltou o menor respeito a ela em consideração ao primo, entretanto a morena Luisa dos olhos grandes acabou fugindo com um boiadeiro.
Os dois primos vão se alternando nos delírios causados pela febre e na saudade da prima Luisa. Quando primo Argemiro resolve confessar e pedir perdão ao primo por também gostar de Luisa, primo Ribeiro se diz traído - "-Fui picado de cobra. .. fui picado de cobra" – e expulsa o primo Argemiro da fazenda – "Ajunta suas coisas e vai..." - mesmo depois do primo Argemiro jurar nunca ter faltado o respeito a ela e dizer que era o único amigo que o primo tinha.
O primo Argemiro reúne as forças e anda, transpõe o curral e enfrenta o mato todo enfeitado e, enquanto sente os efeitos da maleita chegando novamente, relembra sua mocidade e de quando viu Luisa pela segunda vez, num vestido azul, no terço de São Sebastião. Com o crescimento das dores, ele se senta nas folhas secas para agüentar a sezão, enquanto as plantas estremecem, trepidam, tiritam e se abalam, tremendo também, com a sezão.

No conto encontramos um conflito principal e outros secundários. Iremos agora estudar cada um separadamente.

- O conflito principal do conto gira em torno do amor que o primo Argemiro sente pela prima Luisa desde a mocidade, mas que não pôde se declarar porque a prima já estava de casamento marcado com o primo Ribeiro. Para ficar mais perto dela, primo Argemiro veio morar na fazenda do primo Ribeiro. Após a partida de Luisa com um boiadeiro, o relacionamento entre os dois primos ganha um maior companheirismo, assim quase como irmãos. Achando que deveria ser perdoado pelo primo por gostar também da esposa dele, Argemiro confessa o seu amor por Luisa, porém o primo Ribeiro se sente traído e o expulsa da fazenda.



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