Comentário sobre o filme e o livro: Triste fim de Policarpo Quaresma
(Paulo de Almeida Ourives)
Para quem leu “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, há de imaginar que homem é esse, tão obtuso, diferente, que tenta dar um novo rumo a sua Nação? Ou será que nós, em maioria, é que somos loucos por deixarmo-nos levar por um projeto político, que nem sempre nos agrada?A primeira parte de sua história, mostra lentidão e morosidade dos governos em resolver assuntos necessários à sociedade.A segunda, mostra a questão dos atravessadores, e da excessiva cobrança de impostos, que resultam no elevado preço dos produtos agrícolas.A terceira, mostra um Policarpo confuso, que defende o seu amor à Pátria, e luta com o governo contra brasileiros que exigem mudança de postura de Floriano Peixoto em questões nacionais que ele defendia e queria ver implantadas, e a Pátria o acusa de traição.Para quem acompanhou a história de lutas do PT – Partido dos Trabalhadores, ao longo de sua existência, há de se lamentar o fato de que hoje, no poder, o PT, não consegue colocar em prática nada do que ele usou como bandeira para um país melhor. Se Policarpo, como nacionalista, não conseguiu uma reforma da educação, para mudar a língua nacional para o tupi-guarani, o que dirá o Governo Lula, que apesar da tentativa de reforma universitária, está tentando fazer uma reforma nos frutos de uma árvore, mas deixando que essa mesma árvore cresça, sem nutrientes, sem qualidade de vida, e sem alimentação. O fato é que, para ser feita uma reforma no ensino brasileiro, é necessário melhorar a qualidade profissional do corpo docente brasileiro, para então, partir para mudanças na qualidade de ensino oferecida as crianças do ensino fundamental, porque a qualidade começa justamente no nível fundamental. Se você dá qualidade de ensino aos pequenos cidadãos brasileiros, eles terão futuramente, melhoria em seu desempenho escolar. Com isso, um ensino de qualidade será o alimento e o nutriente necessário, para que a árvore cresça e possa dar frutos de ótima qualidade.O Partido dos Trabalhadores, sempre teve como bandeira a questão da “Reforma Agrária”, e por coincidência ou não, Lima Barreto, havia escrito esse romance, questionando o governo Floriano Peixoto, pela ausência de uma política agrária para o país. A ausência de um projeto que dê ao homem do campo condições para o plantio, a colheita e a venda de seus produtos, é algo que vem de tão longa data, mas cujas dificuldades só passaram a ser percebidas pelos brasileiros, de algumas décadas para cá, com o PT. Para Policarpo, era necessário que o governo, acabasse com a taxação de impostos dentro do próprio estado, e também conseguisse eliminar o grande mal da agricultura, os atravessadores, e as pragas. O PT, que tanto lutou por uma reforma agrária, até agora, não conseguiu colocar em prática a sua tão sonhada reforma no campo, mas parece ter se deixado vencer pelos grandes latifundiários, que deixam terras improdutivas por longo tempo, e quando o MST invade um pedaço de terra, eis que surge a Justiça, e os proprietários de terra, para alegar que a terra, não era improdutiva. Aliás, é bom deixar claro que a questão da terra, e da reforma agrária já foi mostrada na novela global, “O Rei do Gado”, e que os camponeses, por ausência de cultura, acabam virando massa de manobra do MST.Em relação a última parte, do livro o personagem principal, vive uma situação inusitada, lutar com as forças do governo, contra rebeldes que procuravam mostrar ao governo Floriano Peixoto, que era necessário mudar o rumo do seu governo.O PT que ficou conhecido por seu radicalismo, hoje atua de forma não tão diferente, sob alguns aspectos. Porque ele sabe que para colocar seus projetos políticos em prática, é necessário administrar o desejo de políticos de outros partidos que nas últimas eleições, estavam do outro lado das urnas. O PT sabe mais do que ninguém, que uma idéia contrária ao seu desejo não é necessariamente, a idéia de um revoltoso, pois t
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