Diário de uma nova Magra - A revanche
(Myrna Costa)
Como uma versão ainda mais "apatetada" de uma Bridget Jones, sou uma mulher que esperava ansiosamente por sua redenção.Eu sei que vocês leram, por milhões de fragmentos, meus momentos que só posso resumir como "patéticos" de humilhação pública, indignação, raiva, ira, pensamentos letais , por simplesmente ter ousado mudar a minha figura.Tenho pensado muito em um trecho que li no primeiro livro da Bridget Jones que narra o momento em que ela descobre que está sendo traída pelo Daniel. Ela já tinha passado por toda espécie de ruína moral, que qualquer mulher pode tolerar e ainda tem que ouvir da vagaba com quem o Daniel a traía o seguinte comentário: "Mas você não disse que ela era magra?"Pensei muito nisso, porque estou ficando realmente cansada de ver as pessoas ao meu redor serem ditadas como eu, castradas, porque alguém em algum lugar do mundo decidiu que iria um dia criar o padrão de beleza. Só pode ter sido algum sádico mal amado, no mínimo, porque criar padrões de beleza para categorizar pessoas é o mesmo que querer pegar 10 tipos de frutas diferentes para tentar descobrir qual é a melhor! Pois é, não existe uma resposta fácil para isso, assim como eu amo abacaxi e odeio mamão, tem gente que pensa o inverso. Então como podemos pegar 10 pessoas completamente diferentes e obrigá-las a seguir um mesmo padrão. Eu sou branquela por natureza, não há sol, bronzeador que me faça ser morena, adoraria ser, morro de inveja de quem consegue o tom dourado perfeito, mas não adianta, o máximo que consigo é virar um camarão, e detonar minha pele. Se o padrão for ser esse: ou eu me mato, ou me escondo! Então chega de padrões, chega de velhos e pessoas sem noção, sem educação e ainda pior: sem espelho. Afinal, se você quer mesmo comentar sobre qualquer pessoa é melhor ter cuidado, você pode ser atropelado por um caminhão e nem saber de onde veio.Enfim, com esse pensamento rebelde, subi até a sala da diretoria para solicitar uma assinatura de um aditivo qualquer. E quem está na sala do diretor????Além da nossa recepcionista, o tal do "coffee break", lembram?Pois é, até aí tudo bem, o porém da história, as usual, envolve comida e minha relação com ela, ou melhor, na realidade a relação que os retardados imaginam que eu tenha com ela.O diretor comia uma caixa de bombons de sorvete (no MKT para você Kibon!), e nos ofereceu, por uma questão de educação um. Eu recusei sem criar muita cena, já passei dessa fase para entender que um simples: "Não, obrigada.", é o suficiente. Mas para minha surpresa isso não foi suficiente para o velho sem noção. Eu já tinha recusado e ele precisou mais uma vez gritar: "Ela não pode!". Como assim? Eu disse que não, ele não é nada meu, nem me conhece, não paga meu salário, ou seja a existência dele para mim é nula. Quem é ele para me dizer ou dizer para qualquer outra pessoa o que eu posso ou não fazer????Foi quando eu perdi o controle, segundo a recepcionista, coloquei as mãos na cintura, e começei a bater o pé e disse:"Fulano, eu não preciso que você me diga o que eu posso ou não comer. Eu emagreci 30 kg sozinha, então eu acho que eu posso me virar. Já basta a vergonha que você me fez passar outro dia no coffee break..."Ele disfarçou, sem graça, e perguntou: "30 kg???", tentando mudar de assunto.Eu disse: "Pois é." Peguei meu papel assinado e saí decidida.Cansei! Basta! Passei a vida inteira me sentindo mal por estar acima do meu peso, o que é ridículo, não vou deixar que ninguém continue fazendo isso comigo, desejo que vocês também tenham coragem de assumir isso para vocês mesmos!Bjs
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