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Férias Pagãs
(Tony Perrottet)

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Não faltam nas livrarias títulos dedicados a narrativas de viagens. Afinal de contas o turismo, em suas diversas formas (ecológico, histórico, de compras, de negócios etc.), a chamada indústria sem chaminés, é um dos grandes negócios do nosso tempo, mobilizando milhares de pessoas por todos os cantos do planeta. FÉRIAS PAGÃS - “Na Trilha dos Antigos Turistas Romanos”, lançado no Brasil em 2005 pela Rocco, na série “Prazeres&Sabores”, com tradução de Ana Deiró, é dos mais ilustrativos. O autor, Tony Perrottet, jornalista australiano residente nos Estados Unidos, amparado em criteriosa bibliografia, parte da premissa de que foram os romanos os primeiros a viajar com o intuito de ver, conhecer e usufruir. Ele refaz, em companhia da namorada (grávida), o que teria sido o roteiro clássico da antiguidade, no âmbito do imenso império, desde a grande metrópole de um milhão de habitantes no séc. I d.C. até o “fim do mundo”, no Nilo, em Assuã – Siena à época - o “Grand Tour” da história. A par de suas venturas e desventuras, tentando reconstituir fielmente a rota: a partir da capital italiana, descem a península itálica, passando pela Grécia, Turquia até o sul do Egito, no Nilo, última fronteira do grande império. Enquanto isso, procuram localizar traços de ícones como o Colosso de Rodes. O autor faz a todo tempo, remissões ao passado sem descurar de indicar fontes. Assim a leitura é muito agradável, permitindo comparações e consultas no próprio livro. Não se furta de abordar mitos e, também, os inevitáveis micos pagos por quem se aventura pelo turismo histórico. Com fina ironia, lembra a cabana onde se abrigavam os gêmeos Rômulo e Remo, queimada inúmeras vezes e sempre visitada pelos turistas como se original fosse; o mesmo quanto aos bem preservados ossos de heróis mitológicos como Teseu e Hércules, nada mais que restos de animais pré-históricos; tudo isto sem esquecer Nova Tróia porque a queda da cidadela de Príamo estava ligada na lenda à fundação de Roma. O guerreiro troiano Enéas teria navegado para oeste rumo à Itália... Foi difícil para Perrottet seguir seu roteiro. Afinal de contas, a geografia política de hoje é muito diferente da de vinte séculos atrás. O império se transformou em múltiplos países de regimes políticos, religiosos e, claro, etnias totalmente diversas. Assim, sem apoio de operadoras de turismo, e dotado de uma invulgar tenacidade, o autor acabou por proporcionar aos interessados no assunto um livro ímpar que pode ser lido com deleite tanto pelos apreciadores de história clássica como pelos de um bom livro de viagens, lendas e aventuras. Neste espírito, o trecho a seguir, uma inscrição em lápide romana extraída do livro, resume-o bem: “Termas, vinho e sexo podem arruinar nosso corpo, mas fazem com que a vida valha a pena ser vivida.” TM ano 4-nº 15 – out/nov-2006



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