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Bacteriófagos
(Carlos Sinogas)

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Os vírus diferem das bactérias por serem muito mais pequenos, de constituição não celular e parasitas intracelulares. Adicionalmente não são capazes de crescer em meios de cultura não vivos. Apesar disso é possível estudá-los no laboratório, detectando a sua presença pelos efeitos que provocam nas células que infectam. Existem vírus com especificidade para diversos tipos de células, tanto eucarióticas como procarióticas. A estrita dependência de células hospedeiras deve-se à sua incapacidade para sintetizar as enzimas necessárias aos mecanismos da sua propagação. Ao penetrarem nas células são capazes de usar as enzimas do hospedeiro em seu próprio proveito.

O estudo de vírus que parasitam células vegetais ou animais exige recursos específicos para cultura de tecidos, sendo estas técnicas em geral demasiado demoradas para execução em aulas práticas do nível que aqui se pretendem desenvolver. Para além disso e apesar da especificidade para certos hospedeiros a utilização de vírus de eucariotas exige cuidados de contenção biológica bastante apertados.

Os vírus que parasitam as bactérias, os bacteriófagos ou simplesmente fagos são de mais fácil manipulação, exigem a aplicação de técnicas gerais de microbiologia, menos demoradas por via das rápidas taxas de crescimento das bactérias usadas. Os cuidados para o confinamento biológico das experiências também não precisa de ser tão apertado como para o uso de vírus eucarióticos.

Quando um fago infecta uma bactéria receptiva uma de duas coisas acontecerá: a lise ou a lisogenia da bactéria. Quando ocorre a lise o metabolismo da bactéria é reorientado para a síntese do DNA genómico do vírus e das proteínas para produzir as partículas fágicas maduras. Usado o material celular disponível, a célula rebenta e liberta os viriões maduros, capazes de re-infectar novas bactérias que encontrem. Os bacteriófagos que provocam a lise da bactéria são chamados de virulentos ou líticos. Quando a infecção não conduz à morte da bactéria, estabelece-se entre esta e o vírus um relacionamento designado por lisogenia e o fago é denominado de temperado ou lisogénico. Nestes casos o DNA do fago é integrado no cromossoma da bactéria e esta cresce normalmente. Ocasionalmente uma destas bactérias entra em ciclo lítico e liberta viriões capazes de infectar outras células. A evidência visual da lise de uma bactéria é conseguida pela cultura da bactéria em meio sólido, em camada uniforme e infecção de algumas células com o bacteriófago. A camada de bactérias, naturalmente opaca, apresenta círculos claros correspondentes aos locais em que um fago infectou e destruiu a população de células vizinhas. São as placas virais. Nos casos de fagos lisogénicos, como só algumas das bactérias entram em ciclo lítico, estas placas são translúcidas.



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