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Sindrome de Senzala
(Edilmarina Andrade)

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Síndrome de Senzala
O processo de escravidão no Brasil deixou um rastro de vergonha, pobreza e desigualdade social por muitos sentida e observada na grande desigualdade social vivenciada até hoje por boa parte do nosso no país. Mas outro fenômeno social poderá ser notado ou simplesmente identificado por aqueles que de alguma forma lideram grupos de trabalhos ou são observadores contumaz da sociedade. A este fenômeno chamo-o de "Síndrome de Sensata" A senzala, lugar de alojamento do negro escravo após árduos dias de trabalho em favor do enriquecimento e da serventia ao seu Senhor. Senzala e feitor, combinação perfeita para garantia da continuidade do trabalho escravo, cabendo ao feitor sob a égide do chicote, mantê-los cientes de suas tarefas, como meros espectros executores das ordens dadas e atentos a qualquer descuido da vigilância e das ordens para deixarem suas tarefas. Duzentos anos após o fim da escravidão percebemos a impregnação da “síndrome de senzala” numa boa parte de nossa população, sejam em suas relações de estudo, trabalho ou mesmo familiar. São alunos que só conseguem estudar ou mesmo desenvolver uma tarefa de classe se houver a presença do professor/feitor ou monitor, líder de sala, ou qualquer outra figura que tenha a função de vigiar, monitorar, e punir ou levar á punição. A ausência do “feitor” na maioria das vezes significa nenhuma produção tanto em níveis fundamentais ou superiores, o fenômeno se repete. O que dizer das relações de trabalho, onde empregados, com direito a representações em todos os níveis, estão sempre no aguardo das “ordens”, submetendo sua produção ao índice de vigilância e cobranças que seus “chefes”, supervisores e líderes, são obrigados a reproduzir. A Síndrome de Senzala tem sido um peso em nosso desenvolvimento, começamos a acreditar que só é possível produzir em nível intelectual ou material se houver um feitor a nos coagir, a dirigir e vigiar, e mesmo quando a liberdade de criação é concedida nos vermos perdidos na incapacidade de gerir nossos próprios negócios ou o quê foi colocado sob nossa responsabilidade, é tão mais fácil ter alguém que nos diga o quê e como fazer, não ser responsável pelas decisões, sucessos ou insucessos que os riscos e as decisões nos permitem correr. Estamos acometidos da síndrome de senzala, sempre que ficamos aguardando que outros tomem a direção para que sigamos, quando deixamos de trabalhar porque o chefe não está perto, quando transformando nossas salas de aula em um grande bate papo apenas pela ausência do professor, ou mesmo nos sentimos completamente perdidos se não temos alguém a nos dizer que direção seguir, como fazer e principalmente se este alguém não se coloca em vigilância qual um feitor a garantir a execução do trabalho escravo. Somos livres, mas ainda não estamos livres de nossa memória histórica, que nos conduz a atitudes de servidão mental que nos impossibilita de agir, fazer e produzir por nós mesmos, uma servidão que submete promissores profissionais a medíocres salários e chefias tirânicas ou que impede que discentes produzam ciência em vez de reproduzirem cópias. A síndrome de senzala existe e permeia nossas atitudes em maior ou menor grau, mas a consciência de sua existência e o incentivo a atitudes independentes e responsáveis é o único meio de criarmos uma geração verdadeiramente livre e capaz de liderar nos diversos campos e oportunidades que a vida pode nos oferecer.



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