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Natureza e Enquadramento Epistemológico da Neuropsicologia (III)
(El Patron)

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Haller interessou-se pelas localizações cerebrais, mostrando inicialmente que o córtex não era a sede da sensação nem causa exclusiva do movimento. A base do movimento e da sensação era a substância branca do cérebro e do cerebelo. Além disso, Haller estabeleceu a memória como sendo a persistência das impressões sobre a substância cerebral. Porchaska localizou as faculdades (imaginação, percepção, memória) no ponto terminal interno dos nervos. Mesmo com os avanços na pesquisa anatómica, os cientistas do século XVIII ainda consideravam o cérebro como um órgão homogéneo que distribui energia vital para todas as partes do corpo actuado conforme a vontade do indivíduo (Lecours & Lhermitte, 1983). Grande parte do século XIX é dominada pelo esforço de explicar o intelecto através da fisiologia dos sentidos. Bell (1774-1842) diferencia nervos sensoriais de motores, Muller (1801-1858) apresenta sua teoria das energias específicas dos nervos, Helmholtz surpreende a comunidade científica sobre os seus estudos sobre óptica e audição, Weber (1795-1878) estuda a sensitividade da pele, e Fechner (1801-1887) desenvolve a fórmula matemática para medir o limiar sensorial. O esforço culmina com a inauguração da psicologia experimental por Wundt (1832-1920), com seu método de introspecção formal (Boring 1950). A revolução provocada pela teoria da evolução de Darwin, inicialmente publicada em 1859, reorienta a psicologia para o funcionalismo. A nova perspectiva reduz a pesquisa em psicofísica e nas relações entre neurologia e psicologia. Em contraste incentiva os estudos funcionais do inconsciente com Freud e do comportamento com Thorndike, Watson e Skinner. Com o aparecimento de novas teorias e sistemas em psicologia a relação mente cérebro assumiu os contornos que se seguem (Marx & Hillix, 1979). O associativista Thorndick (1874-1949) não deu importância ao problema por considerá-lo uma questão filosófica. O estruturalista Titchener concordou com Wundt em relação ao facto de a mente não depender do corpo para ser estudada. O funcionalista Freud disse que os processos físicos não poderiam ocorrer na ausência dos processos fisiológicos, mas que os físicos procediam aos fisiológicos. Este período corresponde à primeira metade do século XX. As discussões sobre a relação mente-cérebro que se declararam nas escolas psicológicas foram representadas por Karl Spencer Lashley (1890-1958) com a sua preocupação em estabelecer as implicações de localização das lesões cerebrais; pelos psicólogos do Gestalt com os conceitos do campo conceptual e isomorfismo; e Donald Olding Hebb (1904-1985) com sua teoria de montagens neurais. Lashley estudou a localização das funções cerebrais no contexto de aprendizagem de animais em situações experimentais de condicionamento. Os resultados reafirmaram as descobertas de Flourens há um século atrás. Na destruição de uma porção particular do córtex do animal experimental, outra porção do córtex compensará a perda da outra área destruída (equipotencialidade). A redução do empenho é proporcional à porção do córtex destruída e não à localização da porção. Embora as experiências de Lashley estivessem no contexto experimental behaviorista, as investigações em neuropsicologia não eram consideradas importantes para os líderes desta escola. O próprio Lashley não era incentivador da pesquisa na área.



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