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PRÍNCIPES DE PORTUGAL
(Aquilino Ribeiro)

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“... Que importa a morte, se na vida houver uns segundos de amor satisfeito?.


“PRÍNCIPES de PORTUGAL, suas grandezas e misérias”

Aquilino, é o escritor que continuo a ler. Tenho gostado, porque utiliza expressões que eu ouvia falar na minha infância e que eram características das pessoas do campo. Aquilino é terra a terra. Não vou falar de Aquilino do ponto de vista técnico como escritor, correntes literárias e coisas assim. Vou falar do conteúdo da obra, mais propriamente, dos costume das épocas.
No seu livro “PRÍNCIPES de PORTUGAL, suas grandezas e misérias”, aprendi que o homem antigo era um guerreiro por natureza e que a guerra era uma das suas principais actividades.
Fica-se a saber que os principais requisitos que este homem antigo, contemporâneo dos Lusitanos, tinha disponível, era esta situação desassombrada: vistas largas, terra escampa, caminhos descobertos...
Acrescente-se ainda que, aqueles nossos longínquos antepassados, quando não andavam a ferro e fogo, viviam em guerra lassa uns com os outros.
Os sinais de guerra eram tantos, que em Trás-os- Montes, existe um castro chamado do Mau Vizinho, que pode ter-se como paradigma.
No tempo dos Lusitanos, pilhar o vizinho era virtude e não crime.
A palavra Viriato, nome do chefe dos Lusitanos, quer dizer investido com as virias. Viriato era genro de Astoplas e parece que as riquezas do sogro o não seduziram. Encostado à lança, olhava para elas como coisas caducas no jogo de azar que é a vida, mormente para o homem de guerra.
E dizia-se nesse tempo: “Ala deu ao homem a palavra para esconder o seu pensamento”.
Esta obra também se refere a D. Isabel, esposa de D. Diniz, nestes termos:-“ Isabel mandou abrir os celeiros reais e encomendou aos mercadores estrangeiros trigo a todo o preço. Como nessa conjura fosse até empenhar as jóias, os oficiais de sua Casa observaram-lhe: “Repare, senhora, amanhã terá fome em seu palácio....”
A obra refere também D. Pedro I, que pelos vistos não sabia ler nem escrever. E no seu reinado, eclesiásticos de todas as ordens viviam maritalmente com mulheres e os priores, em cada terra por onde passavam, punham um filho como o cuco.
Sobre os Padres, aliás, diz uma personagem de Aquilino, que são uma grandessíssima corja de calaceiros e de velhacos e só andam no mundo para sugar o sangue do pobre. Apesar disso, há também padres desse tempo que são honrados pais de família, como era o pai do autor, a quem ninguém pede contas de tal humanidade.
No reinado de D. Manuel tirava-se ainda a comida das prateleiras e almofias com os cinco dedos e para limpar as mãos enlabuzadas lá estavam à beira dos convivas os alões, podengos e fradilqueiros de pêlo felpudo.
Ao tempo, o conceito de Pátria era diferente do de hoje. A Pátria, na primeiras dinastias era o Príncipe.
O mundo é incurável; só há-de ser curado quando estiver na agonia.

SOUSAFARIAS



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