Vidas Secas
(Graciliano Ramos)
Com uma linguagem direta, desprovida de sutilezas extremas, Graciliano Ramos apresenta, em um romance regionalista da geração modernista, o retrato de um Brasil tal qual se apresenta de fato na região que descreve: seco, árido, fustigado pelas intempéries.
Fabiano e sua família caminham a esmo, fugindo da seca que os assola, mas carregando consigo a fatalidade que pode soar como destino: a seca está por toda parte, caminha ao lado deles e está dentro deles.
As perspectivas nao sao muitas, nao obstante a busca continue página após página. A cachorra Baleia os segue aonde vão. Uma fidelidade que assusta e assombra em meio à aridez do sertão brasileiro. A fidelidade da vida que vence a morte e insiste em continuar seu itinerário, ignorando os sinais de derrota que se levantam a todo instante e se mostram cada vez mais evidentes.
A linguagem é reflexo das realidades retratadas: seca, árida, curta. O estilo chega a ser contundente em alguns trechos. Não há grandes perspectivas, não há horizontes a serem divisados que causem a estranha sensação de uma liberdade utópica: a realidade é nua e crua. Até mesmo as lembranças de um passado que se foi são dolorosas.Nas páginas de Vidas Secas estão as angústias existenciais mais profundas de quem busca o sentido pleno da vida, embora só tenha experimentado as agruras do destino e se abrigado nas sombras do desespero e da fatalidade.
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