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Latin Jazz - Parte 2
(John Lester)

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Em 1914 já havia em Cuba uma ‘jazzband’, chamada Sagua de Pedro Stacholy. Infelizmente sabemos muito pouco sobre essa banda, exceto que foi dirigida por um músico que havia estudado nos EUA. Também nesse ano, W. C. Handy, o ‘pai do blues’, publica St. Louis Blues, partitura claramente influenciada pela habanera. Handy conheceu Cuba em 1900, familiarizando-se com a música contagiante da ilha. Pouco antes da primeira gravação de jazz, realizada em 1917 pela Original Dixieland Jazz Band, o clarinetista Alcides ‘Yellow’ Nunez é demitido da banda pelo cornetista Nick LaRocca, segundo dizem, pelos excessos com a bebeida. De volta a New Orleans, onde nasceu, Alcides forma seu Lousiana Five. Foi também em 1917 que, em New York, o famoso líder de orquestra James Reese Europe recruta quinze portorriquenhos para sua 369th U.S. Infantry Military Band, mais conhecida pelo doce apelido de “Hellfighters”, principal responsável pela popularização do ragtime e do pré-jazz na França durante a Primeira Guerra. Entre 1920 e 1930, Cuba consolida sua música nacional, um síntese colorida e radiante resultante da mistura dos estilos africanos e espanhóis. Sua influência se faz sentir até mesmo em Jelly Roll Morton, um dos maiores compositores do primeiro jazz, autor de “New Orleans Blues,” um exemplo nítido da influência cubana em sua música. É também nessa década, mais precisamente em 1928, que o compositor cubano Moisés Simons escreve “El Manisero” (The Peanut Vendor), um dos clássicos mais marcantes da música latina desse período. Em 1929 o flautista cubano Alberto Socarrás grava o primeiro solo de flauta no jazz. A faixa era “Have You Ever Felt That Way,” sob a liderança do genial pianista e compositor Clarence Williams. Mais tarde, em 1937, Socarrás formaria sua própria banda, a Magic Flute Orchestra. Ainda em 1929, Duke Ellington contrata o trombonista portorriquenho Juan Tizol. Embora não se destacasse nos solos, Tizol foi uma figura chave na sessão de metais, introduzindo o trombone de válvulas no jazz, além de compor os temas Caravan, Perdido e Conga Brava, peças fundamentais para a banda de Ellington. Em 1930, Don Azpiazu e sua Havana Casino Orchestra, que contava com o cantor cubano Antonio Machín, populariza o tema ‘El Manisero’, iniciando a ‘rhumba crazy’, febre que tomaria conta dos EUA. Das inúmeras bandas dessa época, não podemos deixar de citar a de Xavier Cugat que contava com músicos excepcionais, como Miguelito Valdés e Machito. Nas décadas de 1930 e 1940 o intercâmbio e a fusão do jazz com a música latina tomam fôlego jamais visto: em 1931 a orquestra dos irmãos Castro grava St. Louis Blues em Havana; em 1932 o portorriquenho Augusto Coen grava “El Ratón” e, em 1934, forma sua Augusto Coen y sus Boricuas. Ainda em 1932, Armando Romeu forma sua primeira banda de jazz, em Cuba, onde tocaria toda noite, por mais de vinte anos, no famoso clube Havana’s Tropicana. Em 1939, o cantor e líder de orquestra Cab Calloway, contrata os jovens trompetistas Mario Bauzá e Dizzy Gillespie para sua banda. Infelizmente, Dizzy seria demitido logo em seguida por Cab, por jogar bolinhas de papel no líder! Durante essas duas alegres décadas, seriam famosos os combates entre bandas latinas e bandas de jazz, sobretudo as realizadas no Apollo Theatre, no Harlem.



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