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Latin Jazz - Parte 5
(John Lester)

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Em 1956, no décimo dia de novembro, Horace Silver grava “Señor Blues” para a Blue Note, composição no compasso 6/8 típico do ritmo de dança afro-cubana. O álbum era 6 Pieces Of Silver, contando com Donald Byrd (t), Hank Mobley (ts), Doug Watkins (b) e Louis Hayes (d). No mesmo ano, o pianista George Shearing grava seu maior best-selling, o álbum Latin Escapade, com Toots Thielemans tocando sua saudosa guitarra e o solicitado Armando Peraza na percussão. Com o sucesso das versões de Perfídia e Cuban Love Song, Shearing gravaria em seguida Mambo Inn. Em 1957 Art Blakey e seu The Jazz Messenger gravam Cubano Chant, composição do pianista Ray Bryant baseada no cha cha cha. No mesmo ano, Blakey reforça o caldo no álbum Orgy in Rhythm, gravado por seu Art Blakey Percussion Ensemble, formado por Herbie Mann (fl), Ray Bryant (p), Wendell Marshall (b) Jo Jones, Art Taylor e Charles Wright nas baterias e Carlos "Patato" Valdes, Jose Valiente, Sabu Martinez, Ubaldo Nieto e Evilio Quintero na percussão. No mesmo ano, Cal Tjader volta ao latin jazz com Más Ritmo Caliente e Israel “Cachao” López grava diversas de suas famosas ‘descargas’ em Havana. Em 1958 o saxofonista José “Chombo” Silva (1923-1995) grava suas clássicas descargas em Havana e nos EUA, aqui em companhia de Cal Tjader. Chombo Silva e Gustavo Mas seriam os dois mais importantes saxofonistas cubanos de sua geração. No mesmo ano surge em Cuba o Grupo Instrumental de Música Moderna, chamado mais tarde de Los Amigos, formado por Frank Emilio Flynn, Guillermo Barreto e Tata Güines. Ainda em 1958, Ramón “Mongo” Santamaría e Willie Bobo passam a integrar o quinteto de Cal Tjader, enquanto o vocalista cubano Beny Moré passa a se apresentar com a orquestra de Tito Puente no Hollywood Palladium. Em 1959 Mongo Santamaría grava seu clássico “Afro Blue”, espécie de canto africano temperado com ritmos cubanos, enriquecendo a polirritmia e a superposição de ritmos com a companhia de excelentes percussionistas, como Modesto Duran, Francisco Aguabella, Carlos Vidal e Pablo Mozo. Nesse mesmo ano, Herbie Mann forma seu Afro-Jazz Sextet, nitidamente influenciado pela música africana, brasileira e latina, apresentando-se a partir de 1960 pela África com Patato Valdés, José Mangual, John Rae e Doc Cheatham. É também em 1960 que Mongo Santamaría retorna à Cuba na companhia de Willie Bobo, com quem gravaria dois álbuns com músicos locais. Como não poderia deixar de ser, Miles Davis aproveita o calor latino para, com a ajuda indispensável de Gil Evans, gravar Sketches of Spain, talvez o disco de jazz mais importante e influente com referência à herança espanhola ao jazz. No ano seguinte, em 1961, o empresário Al Santiago lança seu Alegre All-Stars, uma série de cinco álbuns de ‘descargas’ gravadas em New York, reunindo alguns dos mais importantes músicos do latin jazz, entre eles Charlie Palmieri, Johnny Pacheco, Pedro “Puchi” Boulong, Kako, Jose “Chombo” Silva, Louie Ramírez, Mark Weinstein, and Bobby Rodríguez. Essa coleção histórica foi lançada em cd pelo selo Fania, sendo a única gravação que conheço a colocar o nome de um garçom nos créditos do álbum. Foi também em 1961 que John Coltrane, não resistindo ao saboroso tempero flamenco, grava Olé Coltrane, considerado um dos melhores álbuns do saxofonista segundo nosso amigo Grijó, responsável pelo insubstituível blog Ipsis Litteris. Além da seção rítmica clássica – McCoy Tyner (p), Reggie Workman (b) e Elvin Jones (d), Coltrane conta com a presença marcante de Art Davis (b), Freddie Hubbard (t) e Eric Dolphy (f, as).



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