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Latin Jazz - Parte 6
(John Lester)

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Em 1962 o guitarrista Grant Green grava The Latin Bit, com Willie Bobo, Wendell Marshall, Patato Valdés, Carvin Masseaux e Johnny Acea, dentro de um contexto mais próximo ao boogaloo, estivo derivado do soul jazz. No mesmo ano, Ray Barreto (1929-2006) grava Latino, um estimulante álbum baseado na charanga e em outras influências latinas, como a brasileira, representada pela faixa Manhã de Carnaval. O álbum é recheado de excelentes solos do saxofonista Jose “Chombo” Silva (foto) e do trompetista Alejandro “El Negro” Vivar. Em seguida, gravaria um de seus maiores sucessos: El Watusi. Barreto foi, sem dúvida, um dos maiores líderes do latin jazz de todos os tempos, dominando com igual maestria as linguagens latinas e o idioma do jazz, o que lhe abriu as portas para trabalhar com músicos como Gene Ammons, Cannonball Adderley, Kenny Burrell, Lou Donaldson, Red Garland, Dizzy Gillespie, Freddie Hubbard, Wes Montgomery e Cal Tjader. Ainda em 1962 Mongo Santamaría (1922-2003) grava “Watermelon Man”, composição de Herbie Hancock, atingindo a décima colocação nas paradas de sucesso. Regravada por mestres como Count Basie, Errol Garner e Woody Herman, Watermelon Man consolidou a chamada ‘latin soul crazy’, estilo também denominado de ‘popcorn’ ou ‘boogaloo’. Infelizmente não teremos oportunidade de explorar mais a fundo todas as facetas daquilo que se costuma denominar latin jazz. Existem diversos estilos e subestilos associados à expressão ‘latin jazz’, entre eles o soul jazz, o boogaloo, o west coast jazz e o hard bop de um lado. Do outro lado, temos o afro-cuban jazz, a bossa nova, o modern son e a New York salsa. De modo geral, com exceção talvez da bossa nova, o latin jazz se caracteriza inicialmente pelas tessituras latinas adaptadas às bandas do swing e, mais tarde, ao incremento da percussão, dando relevo especial à complexidade rítmica, apresentada sob a linguagem do bebop. Nesse ambiente, a bossa nova se diferencia não pelo calor rítmico atordoante, mas antes pela falsa simplicidade de sua batida, associada à uma complexidade melódica e harmônica bastante distante da música latina média, quase sempre feita para dançar. É no contexto do west coast que o brazilian jazz acontece com maior relevo, primeiro em 1962, quando Stan Getz grava Jazz Samba (primeiro álbum de jazz totalmente dedicado à bossa nova) com o guitarrista Charlie Byrd e, no ano seguinte, se reúne com o baiano João Gilberto e o carioca Tom Jobim para gravar o álbum Getz/Gilberto. A partir de João Gilberto e Tom Jobim, diversos músicos brasileiros participarão do contexto jazzístico, quase sempre influenciados pela bossa nova. Entre eles podemos citar Sérgio Mendes, Luiz Bonfá, João Donato, Luiz Eça, Laurindo Almeida e muitos outros, a maioria deles bem sucedida nos EUA. No contexto mais especificamente hispânico, o trabalho continua a toda: em 1963 o saxofonista Sonny Stitt, que gravaria na década seguinte com o Zimbo Trio, lança o long play Stitt Goes Latin, com os percussionistas Carlos “Patato” Valdés e Willie Bobo. No mesmo ano, o multinstrumentista portorriquenho Tito Rodríguez invade um dos santuários do jazz e grava seu álbum clássico, Live at Birdland.



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