VITILIGO: MEDICINA TEM NOVOS MEIOS DE CONTROLE
(Mário Grinblat)
VITILIGO: MEDICINA TEM NOVOS MEIOS DE CONTROLE
Doença não tem cura ou prevenção, mas pode ter sua manifestação atenuada, por meio de tratamentos adequados.
O vitiligo é uma doença crônica que afeta aproximadamente 3% da população mundial. Apesar de ter causa desconhecida, sabe-se que fatores genéticos e emocionais têm forte influência para seu aparecimento ou agravamento. O distúrbio se caracteriza pelo aparecimento de manchas esbranquiçadas na pele, bem delimitadas e não contagiosas, devido à destruição dos melanócitos - as células responsáveis por produzir a coloração da pele. O cabelo e as mucosas labial e genital também podem ser afetados.
Para os portadores da doença, há pelo menos uma boa notícia. Além das terapias habituais (corticóides, fototerapia com uso de radiação ultravioleta UVB, laser e método PUVA), existem agora os imunomoduladores tópicos (tracolimus e pimecrolimus), medicamentos capazes de atingir o sistema imunológico. Ao contrário dos corticóides (que têm ação antiinflamatória e efeito imunossupressor), este método não apresenta efeitos colaterais.
O dermatologista Mário Grinblat, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, diz que a doença não tem cura ou prevenção, mas pode ter sua manifestação atenuada. "As pesquisas para o tratamento do vitiligo evoluíram bastante nos últimos anos. O surgimento de novas pomadas e a aplicação dos medicamentos imunomoduladores pode permitir ao organismo uma defesa mais adequada contra o problema", afirma.
De todos os portadores da doença, cerca de 35% têm histórico de outro caso na família. As lesões brancas podem surgir acompanhadas por uma mancha avermelhada ao redor em locais isolados ou se espalhar por todo o corpo, mas sem acometer órgãos internos. As principais partes do corpo atingidas são os genitais, cotovelos, face (ao redor dos olhos), joelhos e membros. O local fica com aspecto branco e muito sensível aos raios solares, o que pode provocar queimaduras se não houver proteção solar adequada.
Ao notar os primeiros sinais de alteração na pele, deve-se procurar ajuda médica, já que o tratamento deve ser iniciado o quanto antes para evitar que as manchas fiquem resistentes. "O vitiligo é uma doença crônica com tendência a aumento progressivo das lesões. Ela pode permanecer estável por um tempo, depois progredir ou mesmo regredir espontaneamente, mas os cuidados nunca devem ser interrompidos", finaliza Grinblat.
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