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Os Trabalhadores do Mar
(Victor Hugo)

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Um livro que suscita emoções e reações novas? Tive a felicidade de
vivenciar esse sentimento na leitura do livro “Os Trabalhadores do
Mar”, de Victor Hugo, uma obra reveladora, do tipo em que o leitor
jamais sai incólume, da qual jamais se esquece, jamais se lembra sem
emoção e prazer. Sim, é um texto de prazer, pois, como bem define
Roland Barthes, texto de prazer é aquele que contenta, enche, dá
euforia, típico do “escritor que tem na letra seu prazer”. Prazer que
vem da beleza, da filosofia viva e da presença da poesia na prosa,
claro, já que provém de um dos maiores poetas de língua francesa.Nessa
obra, Victor Hugo mantém os elementos característicos da narrativa
romântica, como a mulher idealizada, a tragédia, o herói pleno de
virtudes, as descrições detalhadas... Porém, não é por meio desse
universo idílico que cria empatia com seu leitor, mas, sim, pela
abordagem das necessidades inerentes a todo ser humano, ilustradas na
vida de um povo que vive na Ilha de Guernesay, na Normandia, no início
do século XIX. Junta a essas necessidades as fatalidades que permeiam a
vida, diante das quais sempre se pode sucumbir: a religião, a sociedade
e a natureza; e enfatiza, ainda, uma fatalidade interior, a do coração
humano. O autor demonstra que, ante esta última, até mesmo um forte
homem do mar se vê à deriva, como é o caso do personagem principal,
Gilliatt.Contudo, Gilliatt jamais sucumbe verdadeiramente, pois
encontra o seu melhor em suas dificuldades e derrotas, trazendo para o
leitor a presença da vida na morte, com seu amor que tanto lhe afoga
quanto lhe dá ar e sentido à existência. Ele é dono de um espírito
livre e capaz desse amor que o liberta ao mesmo tempo em que o condena.
Embora quase selvagem, Gilliatt tem a delicadeza de sentir essas
dicotomias do espírito e de deixar-se tocar por elas, apesar de não
conseguir pensá-las. É Victor Hugo quem com elas nos presenteia, em
palavras plenas em imagens e sentimentos.O
primeiro capítulo já traz à tona o personagem de Gilliatt, quando seu
nome é escrito na neve por Déruchette, aquela que será a sua amada.
Pelos caminhos que esse amor o conduz, Gilliatt enfrenta as
adversidades da natureza e da sociedade. Enfrenta-as com coragem e
sabedoria, mas será que sobreviverá a seu amor? Só o que há de certo é
que Gilliatt viverá por seu amor. Quanto ao desenlace dessa trama,
seria inadequado que eu revelasse mais nestas linhas, mas o que posso
adiantar é que o nome Gilliatt jamais será apagado, haja o que houver,
embora escrito na neve.



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