A Décima Segunda Noite 
(Luís Fernando Veríssimo)
  
Um narrador-papagaio: mais uma excelente idéia de Veríssimo, em uma esperta "alegoria da tagarelice". Ninguém melhor que Henri, um representante da aristocracia francesa, com suas penas cinzentas devidamente tingidas de verde-amarelo, para narrar uma história; num ritmo  acelerado e  pontuado por observações pessoais,  o papagaio  desempenha um show à parte na narrativa, trazendo um toque de  personalismo divertido e adequado ao tom geral da obra.     Se fosse música, certamente "A Décima Segunda Noite" receberia aplausos pela sincronia letra-melodia; a impressão que se tem é que o livro é todo contado em ritmo de fofoca, coincidente com um dos espaços principais da história: o salão de beleza onde Henri vive empoleirado, fazendo suas observações mordazes e acumulando informações das quais nunca esquece.    A trama amorosa é clássica, porém divertida; disfarces e triângulo amoroso, tudo bem misturado à ironia a ao bom-humor que são onipresentes na história.     A caracterização das personagens encontra seu ponto alto nas maneiras criativas usadas para exibir a cultura brasileira ao público europeu, onde Veríssimo encontra terreno fértil para sua veia cômica, criticando com fineza e perspicácia a exportação da imagem brasileira.    Leitura veloz, divertida e rica: marca registrada de Veríssimo,  garantia de prazer para os leitores. 
 
  
 
Resumos Relacionados
 
  
- A Décima Segunda Noite
  
  
- Érico Veríssimo
  
  
- At The Bar  
  
  
- O Resto é Silêncio De Erico Verissimo
  
  
- Comédias Para Se Ler Na Escola
  
 
 
 | 
     |