A Epífise e a Sexualidade
(Dr Milton Santiago Júnior)
Além de sua função cronobiológica, de seu papel fundamental nos fenômenos da mediunidade e da reencarnação, a epífise desempenha uma ação especial na sexualidade.Na concepção médica tradicional, atuaria como veladora dos instintos sexuais até o desabrochar da puberdade, época em que os núcleos hipotalâmicos, a hipófise e as glândulas genitais assumiriam o controle das diferentes expressões da sexualidade humana.Na concepção espírita, porém, a epífise, após acordar as forças sexuais criadoras, estacionárias até o período da puberdade, não só prossegue atuante como de fato desponta-se crucial para a vida do homem encarnado.O que representava controle é fonte criadora e válvula de escapamento. O despertamento da pineal reabre as comportas da sensibilidade sobre o plano físico, tanto para as sensações primitivas como para os sentimentos nobres, de acordo com os princípios subconscientes emitidos pela mente geradora.Como a apreciar o baú das vivências sensoriais e emocionais das vidas pretéritas, o ser reencarnado recapitula a sua sexualidade e examina o inventário de suas paixões vividas noutras épocas. As energias criadoras da vida irrompem de seu silêncio temporário na forma de impulsos, a que Freud denominou de “pulsões sexuais”, concernentes à vida, ao amor e à autopreservação. A libido, no entendimento freudiano, consiste na energia que está na base das transformações da pulsão sexual. A expressão da libido é o modo como cada indivíduo dá vazão às suas energias sexuais.As pulsões sexuais são expressões anímicas para a conservação da vida, para a realização do magnetismo animal e espiritual, para a renovação das formas transitórias e para a criação superior, nos planos estético e estésico, intelectual e científico, na direção da beneficência fraternal e da evolução da Humanidade.A epífise, pois, preside aos fenômenos nervosos da sensualidade e da emotividade, deixando entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida. As glândulas genitais, ovários e testículos, bem como os cromossomos das células reprodutoras que lhes são peculiares, são absoluta-mente controlados pelo potencial magné-tico de que a epífise é a fonte fundamental. Na qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posição na experi-ência sexual é básica e absoluta. A imensa maioria de nós, hoje reencarnados na Terra, viciamos esse foco sagrado de forças criadoras na busca e na satisfação egoística das sensações inferiores de natureza animal.Quantas existências temos despendido na canalização de nossas possibilidades espirituais para os campos mais baixos do prazer materialista?Pela lei de causalidade, dos compro-missos afetivos-sexuais assumidos em decorrência dos nossos desvarios ético-morais, decorrem os dolorosos fenômenos da hereditariedade, como o hermafro-ditismo, as distorções do psiquismo inconsciente, expressos nas diferentes manifestações da transexualidade, as inibições afetivas, como as disfunções eréteis psicogênicas, a frigidez e a anorgasmia, as perversões sexuais, tais como a pedofilia e o sadismo sexual, e experiências grupais consensuais, como o “swing” tão em voga nas rodas sociais, entre outros.Quantos casos de violência doméstica, de lares atormentados, de separações sem fim, de psicopatologias variadas, encontram-se explicados pelos desequilíbrios emocionais e pela dilapidação do patrimônio sexual?A indisciplina congênita da Humani-dade, no campo da sexualidade, estudada por renomados psiquistas contempo-râneos, remonta às reencar-nações sucessivas e à multimilenária viciação das energias geradoras.Sexo é Vida, em seu sentido profundo e sagrado. Profano é o modo como nós, homens e mulheres, temos nos utilizado dele. O desejo sexual, o seu objeto, hão de ser vivenciados de maneira saudável e ético. Há que se educar a vontade em princípios de responsabilidade e reciprocidade afetivas.
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